terça-feira, 30 de junho de 2015

“Hipocrisia. Nos últimos 60 anos todos os presidentes tiveram relações com empreiteiras”

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Jânio de Freitas, na Folha:

Como inquérito “sob segredo de Justiça”, a Operação Lava Jato lembra melhor uma agência de propaganda. Ou, em tempos da pedante expressão “crise hídrica”, traz a memória saudosa de uma adutora sem seca.

Em princípio, os vazamentos seriam uma transgressão favorável à opinião pública ansiosa por um sistema policial/judicial sem as impunidades tradicionais. Mas, com o jorro contínuo dos tais vazamentos, nos desvãos do sensacionalismo não cessam os indícios que fazem a “nova Justiça” –a dos juízes e procuradores/promotores da nova geração– um perigo equivalente à velha Justiça acusada de discriminação social e inoperância judicial.

É preciso estar muito entregue ao sentimento de vingança para não perceber um certo sadismo na Lava Jato. O exemplo mais perceptível e menos importante: as prisões nas sextas-feiras, para um fim de semana apenas de expectativa penosa do preso ainda sem culpa comprovada. Depois, a distribuição de insinuações e informações a partir de mera menção por um dos inescrupulosos delatores, do tipo “Fulano recebeu dinheiro da Odebrecht”. Era dinheiro lícito ou provou-se ser ilícito? É certo que o recebedor sabia da origem, no caso de ilícita?

A hipocrisia domina. São milhares os políticos que receberam doações de empreiteiras e bancos desde que, por conveniência dos candidatos e artimanha dos doadores, esse dinheiro pôde se mover, nas eleições, sob o nome de empresas. Nos últimos 60 anos, todos os presidentes tiveram relações próximas com empreiteiros. Alguns destes foram comensais da residência presidencial em diferentes mandatos. Os mesmos e outros viajaram para participar, convidados, de homenagens arranjadas no exterior para presidente brasileiro. Banqueiros e empreiteiros doaram para os institutos de ex-presidentes. Houve mesmo jantares de arrecadação no Alvorada e pagos pelos cofres públicos. Ninguém na Lava Jato sabe disso?

Mas a imprensa é que faz o sensacionalismo. É. Com o vazamento deformado e o incentivo deformante vindos da Lava Jato.

A partir de Juscelino, e incluídos todos os generais-presidentes, só de Itamar Franco e Jânio Quadros nunca se soube que tivessem relações próximas com empreiteiros e banqueiros. A íntima amizade de José Sarney foi mal e muito comentada, sem que ficasse evidenciada, porém, mais do que a relação pessoal. Benefícios recebidos, sob a forma de trabalhos feitos pela Andrade Gutierrez, foram para outros.

Ocorre mesmo, com os vazamentos deformantes, o deslocamento da suspeita. Não importa, no caso, o sentido com que o presidente da Odebrecht usou a palavra “destruir”, referindo-se a um e-mail, em anotação lida e divulgada pela Lava Jato. O episódio foi descrito como um bilhete que Marcelo Odebrecht escreveu com instruções para o seu advogado, e cuja entrega “pediu a um policial” que, no entanto, ao ver a palavra “destruir”, levou o bilhete ao grupo da Lava Jato.

Muito inteligível. Até que alguém, talvez meio distraído, ao contar o episódio acrescentasse que Marcelo, quando entregou o bilhete e fez o pedido ao policial, já estava fora da cela e a caminho de encontrar seu defensor.

Então por que pediria ao policial que entregasse o bilhete a quem ele mesmo ia encontrar logo?

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/janio-de-freitas-hipocrisia-nos-ultimos-60-anos-todos-os-presidentes-tiveram-relacoes-com-empreiteiras/

Se o PSDB ganhou mais de empreiteiras da Lava Jato, só doações ao PT são crime?

 

Blogueiro Fernando Brito apresenta fatos que contradizem a tentativa de criminalização do PT feita pela oposição e pela grande mídia

Tijolaço: Se o PSDB ganhou mais de empreiteiras da Lava Jato, só doações ao PT são crime?

Mídia#LavaJato#MídiaTendenciosa

Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Por: Agência PT

asclaras

O site As Claras, mantido pela Transparência Brasil – organização que tem muita gente até simpática à oposição – consolidou todas as doações, por empresas e partidos.

E eles próprios separaram as doações das cinco maiores empreiteiras – as protagonistas da Lava-Jato – e os quatro maiores partidos políticos em 2014.

O que fiz, no gráfico acima, foi apenas apurar o percentual doado a cada partido por elas. O original está no link.

É difícil crer, olhando os valores, que contratos com a Petrobras fossem o determinante para saber a quem doariam.

E impossível imaginar que as acusações que se faz ao PT não pudessem, da mesma forma, ser feitas ao PSDB, que recebeu até mais dinheiro das maiores empreiteiras acusadas pela investigação da Vara do Dr. Moro.

Porque é impossível suspeitar de quem recebe R$ 58 milhões e não tratar da mesma forma quem recebe R$ 65 milhões, mesmo sem ser, até a beirinha das eleições, favorito, não é?

São valores, é certo, imensos e que, declarados ou não, doados legalmente, ou de qualquer outra forma conspurcam a política.

É dinheiro demais e, sobretudo, como ocorre com os bancos, que ganham com os juros do BC, são empresas que têm boa parte de seu faturamento derivado de obras públicas.

O dinheiro privado, nas eleições, vem do dinheiro público.

Mas é essa a regra da política real, para todos os partidos e que acaba, inclusive, de se encaminhar para colocar na própria Constituição, sem que haja protestos daqueles que se apresentam como arautos da pureza.

A qualquer momento, qualquer dirigente de qualquer destas empresas, preso por seis meses e ameaçado de muito mais pode alegar que foram dadas por coação.

Aí está porque além de todas as violações jurídicas, os procedimentos coercitivos, a partir de um certo ponto, comprometem a verdade que a investigação deve buscar.

Porque o arbítrio, na administração da Justiça, é como a corrupção na administração pública: você viola as regras do poder que lhe foi confiado para satisfazer seus apetites, ambições e razões.

E, no caso da imprensa, o dever de raciocinar, em lugar de funcionar como simples amplificador de versões sabidamente discricionárias.

Do contrário, vira simples instrumento de propaganda, como ocorre nas ditaduras.

Infelizmente, estamos trocando a possibilidade de moralizar o processo eleitoral – e em grande parte, sua sombra sobre as administrações – pela implantação da imoralidade praticada em nome da justiça.

http://www.pt.org.br/tijolaco-se-o-psdb-ganhou-mais-de-empreiteiras-da-lava-jato-so-doacoes-ao-pt-sao-crime/

Como analisar o Brasil dos piores?

 

Marilza De Melo Foucher

MARILZA DE MELO FOUCHER 28 de Junho de 2015 às 13:13

Como classificar o pior jornal? Talvez seja aquele que tem o dom de oficializar mentiras, que tem como objetivo manipular a opinião pública e que age como se todo brasileiro fosse burro

Escrevo com uma unica finalidade: provocar o debate. Faço uso da linguagem do povo para catucar ou cutucar alguns jornalistas-arrumadinhos-carneirinhos, alguns juízes vedetes do sensacionalismo, e políticos do congresso nacional. Com esta crônica espero que o jornal não receba enxurradas de ataques irracionais de ódio, xingamentos de alguns internautas de plantão, não muito dispostos ao debate politico contraditório, provocativo e satírico.

Cutucando a grande mídia: Como classificar o pior jornal tanto impresso como o telejornal? Talvez se poderia dizer que é aquele que tem o dom de oficializar mentiras, que tem como objetivo manipular a opinião pública, na certa, age como se todo brasileiro fosse burro.

Qual o perfil dos jornalistas que atuam na grande mídia brasileira? Logicamente, em toda regra há exceção, não podemos colocar todos os jornalistas da grande mídia no mesmo saco. Sabe-se que são os piores que se projetam na cena midiática. Eles podem ser identificados como jornalistas-carneiros, obedecem cegamente o que manda os patrões, os que atuam na televisão são todos arrumadinhos, nunca envelhecem, guardam a mesma entonação na voz, têm uma linguagem bem mais formatada. Será que podemos podemos dizer que são jornalistas? Leem e decoram o que foi escrito para eles falarem. Os jornalistas que preparam os escritos escrevem sob a orientação de seus patrões. A suposta liberdade é vigiada! Esses jornalistas-carneirinhos não fazem a diferença entre ser jornalista parcial ou imparcial, dizem que isto não existe no jornalismo, e, quando recebem criticas dizem defender a liberdade de expressão! Em geral adoram fazer uso do "copiar/colar" sobre tudo que sai de negativo sobre o Brasil, apostam no fracasso da economia, e buscam criar o pessimismo junto aos investidores, além de criar um clima de divisão permanente na sociedade, inclusive incitam o ódio. Trata-se de uma mídia que age como partido politico, não possuem senso crítico, tudo é valido para criar armadilhas para seus inimigos políticos.

Esses jornalistas na certa leem muito pouco sobre conjuntura internacional, a leitura da imprensa internacional se limita à busca de matérias negativas sobre o Brasil, ai o complexo vira-lata explode! Quanto a leitura de outros jornais e revistas no Brasil com outras linhas editoriais, nem imaginar! Eles preferem ler, assistir os jornais televisivos de seus confrades da grande mídia, são adeptos do pensamento único, a pluralidade do pensamento lhes incomoda. Entre os confrades eles utilizam os mesmos argumentos, e o copiar/colar é livre! Não existem regras de direitos autorais.

Nota-se o pouco espaço dado às questões ligadas a geopolítica e aos desafios de um mundo multipolar, sobre os efeitos da globalização econômica junto às economias periféricas ou como impactam sobre os países ditos emergentes, nenhum desses temas de atualidade lhes interessam. Também pouco abordam os assuntos ligados aos direitos humanos, questões relacionadas com as chamadas minorias, com os povos indígenas, com os negros, questões de gênero, homofobia, problemas ecológicos, dentre outros temas de ordem social, não são considerados relevantes. E quanto tratam algo sobre estas questões de sociedade é somente para divulgar o pensamento das correntes conservadoras.

Mesmo que alguns jornalistas da grande mídia tenham interesse em aprofundar suas matérias, os patrões lhes exigem de escrever rápido e, não lhes deixam tempo para a leitura, nem para averiguar a veracidade dos fatos, diversificar suas fontes de informações. Afinal o chic hoje nesse tipo de jornalismo é a prática do jornalismo light, despolitizado, eles devem aprender a fazer "buzz", dai, eles não tem capacidade de fazer um jornalismo crítico, investigativo e politico.

Para fazer isto, eles teriam que estudar, se informar mais, e sobretudo contextualizar melhor suas informações; teriam que cruzar as informações, ter fontes fidedignas para não cair em armadilhas de certos leitores que de burros não têm nada, e, podem reagir através de outros canais de informações! Esses jornalistas-carneirinhos e arrumadinhos se cagam de medo diante do acesso dos cidadãos aos meios de publicação de massa, para eles isto é visto como uma ameaça. O importante é viver de "BuzzFeed", este sim é o verdadeiro jornalismo de fofocas e de entretenimento e notícias, que tem o propósito de criar conteúdos que se espalham rapidamente pela rede. Um instrumento ideal para a difusão de mentiras e propaganda.

O bloco carnavalesco dos piores, ironiza os intelectuais brasileiros, os artistas e entre eles dizem fazendo galhofas: Por que elevar o nível do debate social, politico? Para nós um povo quanto mais desinformado melhor! Quando a grande mídia dá espaços para pontos de vistas diferenciados sobre a abordagem econômica do país, sobre a conjuntura social e politica, isto significa provocar reflexões, e certamente pode frear a evolução da propaganda anti-Brasil e desmentir algumas pesquisas. Nada de se interrogar sobre o mundo, sobre a sociedade em que vivemos. Nada de pensar no futuro do planeta terra. Nada de explorar as contradições. Isto é perigoso e pode despertar a consciência politica. Esses jornalistas-carneiros se identificam ideologicamente com os patrões árduos defensores e propagadores da ideologia neo-liberal e que no passado apoiaram a ditadura no Brasil. Cada jornalista tem sua ideologia, mas, ao exercer sua profissão não deve fazer dela um instrumento de manipulação. Exceto se o país é ameaçado de ditadura ou outros regimes que ameaçam o estado de direito. Normalmente, os jornalistas são guardiões da democracia.

Cutucando a Justiça: O que existe de pior num juiz de direito hoje no Brasil?

A questão feita é arriscada...O melhor é falar como uma mineira..."Eu acho" que é aquele juiz que usa e abusa da mídia para transformar a justiça em espetáculo, tem crise de euforia quando percebe que toda a mídia fala dele, e até lança a hipótese de futura candidatura a Presidente do Brasil! Esse tipo de juiz mantém uma relação camarada com a mídia, ela é sua aliada. Para receber o titulo de pior, na certa gosta de abusar de seu poder e não se incomoda em atropelar as regras do estado de direito; Trata-se do Juiz que têm pretensão politica, dai ele mistura a justiça com jogada política, age ideologicamente e por vezes é criticado pelos seus próprios colegas.

Esse tipo de juiz não está a serviço da justiça, pois é a justiça que está a serviço dele. O pior juiz é aquele que prefere agir pra criar um estado de exceção do que agir para consolidar um estado democrático de direito. Desde a época do direito romano, já se dizia que a Justiça é a arte do bom e do equitativo, o que se supõe que o pior juiz talvez não foi um bom aluno de história do direito, só estudou para passar e ter diploma e não para aprender. Também ele desconhece o que "ser cidadão" é ter direito à vida, à liberdade, à igualdade perante a lei ou seja ter a garantia dos direitos civis e políticos e sociais.

Resumindo, muitos dos detentores de cargos na magistratura brasileira desfrutam da mais invejável mordomia estabelecida ao terceiro poder no país. Ganham salários faraônicos e gostam de ver a Justiça de olhos vendados para eles. O moralismo sobre o uso do dinheiro publico não pode ser aplicado para esses juízes. Quem ousaria reformar os tribunais nas suas diversas instância no Brasil? Por que uma cidadã comum ousa fazer este tipo de divagação para entender o que existe de pior no Brasil e levar a publico certos questionamentos? A resposta talvez esteja na ânsia de ver esses setores tal como a justiça brasileira funcionando dentro dos critérios válidos para todos, em harmonia com a noção de equitativo, dentro da humanização da ordem jurídica. Qualquer brasileiro pode exercer sua cidadania política!

Cutucando os políticos: E agora como cutucar o pior politico brasileiro?

Qualquer cidadão ou cidadã pode fazer uso da liberdade de expressão, de sua cidadania para cutucar os políticos, sejam eles de seu partido ou não. Todavia, quem defende a democracia deve ter um comportamento republicano, respeitando as instituições e seus mandatários. Isto não impede o questionamento. Enquanto cidadãos devemos exigir que a casa do povo seja mais bem representada. A democracia representativa não têm a soberania absoluta, ela deve ser associada à democracia participativa que tem uma função reguladora.

Por que deixar que o congresso seja dominado pelos piores políticos da historia brasileira? Alguns agem como palhaços, e são piores que os bobos da corte, não servem nem para animar a galera, são analfabetos políticos. Desconhecem a historia da politica nacional e internacional, nunca leram bulhufas sobre as tendências politicas existentes na esquerda brasileira, para eles todos são comunistas, mas até o comunismo eles desconhecem, pensam que são monstros que comem criancinhas vivas, são canibais... Deixando o humor de lado, os piores politico no Brasil desconhecem as regras republicanas, desconhecem o funcionamentos dos poderes. Não sabem qual é o papel do Estado, não entendem de orçamento publico, não sabem o que é um fundo publico, nem tao pouco para que serve. Não entendem nada sobre a função dos impostos e taxas e por isso, não sabem o que é uma receita publica, e, nem tão pouco como a receita deveria ser distribuído; Logicamente, desconhecem o seu próprio papel de representante do povo. Os piores políticos nunca assumiram o compromisso de defender o interesse pela coisa publica e desconhecem o significado da defesa do interesse geral.

Os piores políticos nunca buscarão estimular e facilitar a inclusão da participação social no poder político. Essa inclusão da cidadania política poderia efetivar uma mudança estrutural nas relações com o poder e daria melhor sustentabilidade para uma governabilidade democrática mais participativa. Daria oportunidade para eles serem cutucados até sair correndo da casa do povo!

Para eles esse sistema politico atual é ideal para manter a mercantilização do poder. Esses ignorantes da Política tiveram legitimidade graças à despolitização crescente da política e a permanência do atual sistema político que nenhum presidente eleitos pós-ditadura ousou a fazer. Promessas foram muitas, mas faltou vontade politica para realizar uma verdadeira reforma politica com participação popular. Hoje o resultado é este triste quadro: Existe uma tentativa de esvaziar a política do seu ideal e senso comum, para convertê-la em uma caricatura, em um espetáculo dentre outros, banalizando-a, privando-a de sua substância. A Política não se resume a um espetáculo de batalhas mesquinhas entre políticos carreiristas. Infelizmente, a oposição republicana hoje é minoria e ela é prisioneira de uma oposição conservadora que faz alianças com a bancada reacionária e fascista hoje conhecida como a frente politica - BBB (Bala, Boi e Bíblia). Esse movimento conservador é o pior que existe na politica brasileira, quer impor uma agenda moralizante à sociedade brasileira com retrocesso total dos direitos sociais, reduzindo a pó as conquistas sociais, além de querer barrar o acesso aos direitos e impor o silêncio às minorias excluídas. Os analfabetos políticos querem despolitizar a sociedade, reativar os preconceitos, o racismo, além de tentativas de criar conflitos religiosos afim de perturbar o convívio pacifico que sempre caracterizou o Brasil, aqui todas as religiões e todas as formas de religiosidade sempre tiveram seus espaços, assim como sempre existiu o respeito aos ateus e agnósticos.

Não vamos permitir que o bloco dos piores dominem a vida politica brasileira. Podemos até conviver com os piores, pois também não nos consideramos os melhores. Porém o que hoje presenciamos entre os piores da grande mídia, entre os piores de alguns representantes da justiça, policia federal, entre os piores do congresso, é que eles avançam com o único objetivo é desconstruir o principio de de convivência pacifica de nossa república, que mesmo com seus defeitos está contribuindo para um Brasil mais justo. Os governos petistas não agradam a todos o que é normal numa democracia, têm seus defeitos, todavia, ninguém pode negar que houve mudanças positivas. O resto cabe a nós não baixar o braço, não enrolar a bandeira da resistência, não perder nossa capacidade de indignação. Lamentavelmente, o espírito crítico é por vezes paralisado quando se trata do "campo ideológico" do qual nos identificamos, e passa a ser mais ativo quando se trata do campo adverso.

Resta uma advertência ao bloco carnavalesco dos piores: Ninguém destruirá a nação democrática e plural do Brasil construída com os pilares: índio, negro e branco e a sua mais genuína mistura de raças ao longo de séculos. A melhor imagem desse Brasil multicolorido é seu prato nacional que é a nossa bela colorida e gostosa feijoada! Esta imagem não pode ser ofuscada pela vaga conservadora do obscurantismo medieval.

Brasil 247

PT deu quase R$ 10 bilhões para a Globo

 

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Por Miguel do Rosário, do Cafezinho

Esse post é para sentarmos à margem do rio Tietê e chorarmos copiosamente.

Só a TV Globo recebeu mais de R$ 6 bilhões de publicidade federal durante a era PT.

Se contássemos as afiliadas da Globo em outros estados, essa conta subiria quase 2 bilhões.

Se acrescentarmos rádios, jornais, portais pertencentes à Globo, mais uns 2 bilhões.

No total, veremos que o governo federal petista deu quase R$ 10 bilhões para a família Marinho.

Depois o PT quer fazer "pesquisa" para entender porque é tão odiado.

Depois os petistas querem entender porque o fascismo se expande na sociedade, e ministros petistas são xingados em restaurantes.

São xingados, com todo o respeito, porque o PT é burro.

Burro e masoquista.

Os tucanos quebraram, de verdade, o país; aprovaram a emenda mais "chavista" de toda a América Latina: reeleição para si mesmo, sem direito a opinião do povo sobre isso; multiplicaram a nossa dívida pública; acorrentaram-nos aos pés do FMI...

E seus economistas são aplaudidos em restaurantes.

Enquanto isso, Mantega, que salvou a economia brasileira durante uma das piores crises da história recente do capitalismo, é xingado por retardados em São Paulo, que lhe acusam de "destruir tudo".

O PT alimentou o próprio inimigo com dinheiro público.

Quer dizer, não apenas o próprio inimigo. O inimigo da classe trabalhadora em geral.

Pior: nos últimos dois anos, em 2013 e 2014, a publicidade federal para os órgãos do golpe aumentou fortemente.

Há uma equação certeira: quanto mais a publicidade federal se concentra nas mesmas famílias de barões midiáticos, mais despenca a aprovação do governo.

Enquanto isso, revistas progressistas, rádios comunitárias, iniciativas populares de comunicação, tudo ficou à míngua, abandonado.

A TV Brasil foi sucateada, abandonada politicamente, depois de todo o esforço feito para criá-la e subsidiá-la. Não tem audiência e ninguém parece se preocupar com isso.

Dessa vez, Fernando Rodrigues ficou até com pena da blogosfera. Em outras ocasiões, dava destaque aos caraminguás miseráveis que meia dúzia de sites ou blogs ganhavam de publicidade federal. Juntava o que, por exemplo, o blog Nassif ganhou durante uns dez anos e tascava um número sensacionalista:

"Nassif ganhou 1 milhão do governo federal". Aí quando você dividia aquilo por dez ou doze anos, não dava nada.

Ao constatar o desprezo oficial do governo para com iniciativas de fomento à pluralidade política, Fernando Rodrigues nem tocou no assunto.

O que me lembra a canção de Bezerra da Silva, sobre o ladrão que invade a casa do pobre e quase morre do coração, "ao ver tanta miséria em cima de um cristão".

A grande mídia, esta sim, continuou ganhando na era Lula/Dilma o que sempre ganhou anteriormente. Em alguns casos, até mais.

Além de não fazer nada de concreto em prol da democratização da mídia, o governo petista ajudou a piorar o quadro de oligopólio dos meios de comunicação, através da concentração de verba publicitária federal em mãos de poucos.

E pelo mutismo covarde atual, não há nenhuma mudança substancial à vista.

O governo precisa entender que, em matéria de comunicação, não adianta agir em silêncio, discretamente. Isso é contraproducente. O ministro Edinho Silva, da Secom, tem de vir a público e falar abertamente à imprensa: "vamos democratizar profundamente as verbas públicas federais, porque é um imperativo da nossa Constituição, estimular o pluralismo político".

E se preparar para a briga!

É tão difícil assim?

O PT quer continuar sendo linchado em restaurantes, aeroportos, etc?

O PT vai morrer beijando os pés de seus verdugos?

Quem se ferra, ao cabo, não é só o PT.

Todos os movimentos sociais, toda uma corrente de ideias, todo um sistema ideológico que dá sustentação às leis trabalhistas, ao monopólio da Petrobrás, tudo isso será tragado e destruído se o PT prosseguir financiando uma imprensa ultraconservadora, mentirosa e golpista.

Olha que nem falei do mais importante: as conspirações judiciais, quase todas alimentadas, desde seu início, pela mídia.

Brasil 247

A OPERAÇÃO LAVA-JATO, A DEFESA NACIONAL, A CONTRA-INFORMAÇÃO E A ESPIONAGEM.

 

Mauro Santayana

(Jornal do Brasil) - Em suas críticas ao tamanho do Estado e na defesa da privatização a qualquer preço, os neoliberais tupiniquins se esforçam por defender a tese de que o poder de algumas das maiores nações do mundo “ocidental”, os EUA à frente, teria como únicos, principais esteios, o capitalismo, a livre iniciativa e o livre mercado, e defendem, sempre que podem, alegando a existência de “cabides de emprego”, e o grande número de ministérios, a diminuição do setor público no Brasil. A informação, divulgada na semana passada, de que, com três milhões e duzentos mil funcionários, o Departamento de Defesa dos EUA é o maior empregador do mundo, tendo em sua folha de pagamento, sozinho, mais colaboradores que o governo brasileiro, com todos seus 39 ministérios, mostra como essa gente tem sido pateticamente enganada, e corrobora o fato de que a tese do enxugamento do estado, tão cantada em prosa e verso por certos meios de comunicação nacionais, não é mais, do ponto de vista da estratégia das nações, do que uma fantasia que beira a embromação. Dificilmente vai se encontrar uma nação forte, hoje - como, aliás, quase sempre ocorreu na história - que não possua também um estado poderoso, decidida e vigorosamente presente em setores estratégicos, na economia, e na prestação de serviços à população. Enquanto em nosso país, o número total de empregados da União, estados e municípios, somados, é de 1,5% da população, na Itália ele passa de 5%, na Alemanha, proporcionalmente, ele é de 80% a mais do que no Brasil, nos EUA, de 47% a mais e na França, também um dos países mais desenvolvidos do mundo, de 24% da população ativa, o que equivale a dizer que praticamente um a cada quatro franceses trabalha para o Setor Público. Esses dados derrubam também a tese, tão difundida na internet, de que no Brasil se recebe pouco em serviços, comparativamente aos impostos que se pagam. Por aqui muitos gostariam de viver como na Europa e nos Estados Unidos, mas ninguém se pergunta quantos funcionários públicos como médicos, professores, advogados, técnicos, cientistas, possuem a mais do que o estado brasileiro, os governos dos países mais desenvolvidos do mundo, para prestar esse tipo de serviços à população. E isso, sem ter que ouvir uma saraivada de críticas a cada vez que lança um concurso, e sem ter que enfrentar campanhas quase que permanentes de defesa da precarização do trabalho e da terceirização. Aos três milhões e duzentos mil funcionários, cerca de 1% da população norte-americana, fichados apenas no Departamento de Defesa, é preciso agregar, no esforço de fortalecimento nacional dos Estados Unidos, centenas de universidades públicas e privadas, e grandes empresas, estas, sim, privadas, ou com pequena participação estatal, que executam os principais projetos estratégicos de um país que tem o dobro da relação dívida pública-PIB do Brasil e não parece estar, historicamente, preocupado com isso. Companhias que, quando estão correndo risco de quebra, como ocorreu na crise de 2008, recebem dezenas de bilhões de dólares e novos contratos do governo, e que possuem legalmente, em sua folha de pagamento, “lobistas”, que defendem seus interesses junto à Casa Branca e ao Congresso, que, se estivessem no Brasil, já teriam sido, neste momento, provavelmente presos como “operadores”, por mera suspeição, mesmo sem a apresentação de provas concretas. Da estratégia de fortalecimento nacional dos principais países do mundo, principalmente os ocidentais, faz parte a tática de enfraquecimento e desestruturação do Estado em países, que, como o Brasil, eles estão determinados a continuar mantendo total ou parcialmente sob seu controle. Como mostra o tamanho do setor público na Alemanha, na França, nos Estados Unidos - ampla e propositadamente subestimado no Brasil - por lá se sabe que, quanto mais poderoso for o Estado em um potencial concorrente, mais forte e preparado estará esse país para disputar um lugar ao sol com as nações mais importantes, em um mundo cada vez mais complexo e competitivo. Daí porque a profusão de organizações, fundações, “conferencistas”, “analistas” "comentaristas", direta e indiretamente pagos pelos EUA, muitos deles ligados a braços do próprio Departamento de Defesa, como a CIA, e a aliança entre esses “conferencistas”, “analistas”, “filósofos”, “especialistas”, principescos sociólogos - vide o livro “Quem pagou a conta? A CIA na Guerra Fria da Cultura”, da jornalista inglesa Frances Stonor Saunders - etc, com a imprensa conservadora de muitos países do mundo, e mais especialmente da América Latina, na monolítica e apaixonada defesa do “estado mínimo”, praticada como recurso para o discurso político, mas também por pilantras a serviço de interesses externos, e por ignorantes e inocentes úteis. Em matéria de capa para a Revista Rolling Stone, no final da década de 1970, Carl Bernstein, o famoso repórter do Washington Post, responsável pela divulgação e cobertura do Caso Watergate, que derrubou o Presidente Richard Nixon, mostrou, apresentando os principais nomes, como centenas de jornalistas norte-americanos foram recrutados pela CIA, durante anos, a fim de agir no exterior como espiões, na coleta de informações, ou para produzir e publicar matérias de interesse do governo dos Estados Unidos. Muitos deles estavam ligados a grandes companhias, jornais e agências internacionais, como a Time Life, a CBS, a NBC, a UPI, a Reuters, a Associated Press, a Hearst Newspapers, e a publicações como o New York Times, a Newsweek e o Miami Herald, marcas que em muitos casos estão presentes diretamente no Brasil, por meio de tv a cabo, ou têm seu conteúdo amplamente reproduzido, quando não incensado e reverenciado, por alguns dos maiores grupos de comunicação nacionais. Assim como a CIA influenciou e continua influenciando a imprensa norte-americana dentro e fora do território dos Estados Unidos, ela, como outras organizações oficiais e paraoficiais norte-americanas, também treina, orienta e subsidia centenas de veículos, universidades, estudantes, repórteres, em todo o mundo, em um programa que vem desde antes da Guerra Fria, e que nunca foi oficialmente interrompido. O próprio Departamento de Defesa, o Departamento de Estado, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, USAID, o Fundo Nacional para a Democracia, NED, o Conselho Superior de Radiodifusão, BBG, e o Instituto dos EUA para a Paz, USIP, bancam atividades de “desenvolvimento de meios” em mais de 70 países, em programas que mantêm centenas de fundações, ONGs estrangeiras, jornalistas, meios de informação, institutos de “melhoramento” profissional, e escolas de jornalismo, com um investimento anual que pode chegar a bilhões de dólares. Além deles, são usados, pelo Departamento de Estado, o Bureau de Assuntos Educacionais e Culturais, (Bureau of Educational and Cultural Affairs, BECA), o Bureau de Inteligência e Investigação, (Bureau of Intelligence and Research, INR) e o Bureau de Democracia, Direitos Humanos e Trabalho (Bureau of Democracy, Human Rights, and Labor, DRL), que apenas no ano de 2006 organizou, na Bolívia, por exemplo, 15 diferentes “oficinas” sobre “liberdade de imprensa e expressão”, além do Escritório de Diplomacia e Assuntos Públicos (Office of Public Diplomacy and Public Affaires, OPDPA). “O que nós estamos ensinando - explica Paul Koscak, porta-voz da USAID - é a mecânica do jornalismo, na imprensa escrita, no rádio ou na televisão. Como fazer uma história, como escrever de forma equilibrada … tudo o que se espera de um verdadeiro profissional de imprensa.” Isabel MacDonald, diretora de comunicação da Fairness And Accuracy in Reporting (FAIR) - Imparcialidade e Transparência na Informação - um observatório de meios de comunicação de Nova Iorque sem fins lucrativos, não tem, no entanto, a mesma opinião. Para ela, “esse tipo de operação do governo norte-americano, a despeito de sua alegada defesa das normas da objetividade, trabalha, na verdade, contra a democracia, apoiando a dissensão sufocante, e divulgando informações deliberadamente falsas que são úteis para os objetivos da política exterior dos Estados Unidos.’ Um exemplo clásssico desse tipo de resultado, quanto aos objetivos norte-americanos, foi o envolvimento de Washington, denunciado pela comissão legislativa Church-Pike, no Congresso dos EUA, com o financiamento a jornais de oposição na América Latina, como o grupo “El Mercúrio” do Chile, por exemplo, na conspiração que levou ao golpe militar contra o presidente eleito de orientação nacionalista Salvador Allende, em 1973. Em abril de 2015, a Associação dos Jornalistas Chilenos decidiu expulsar de seus quadros o dono do Grupo El Mercúrio, Agustín Edwards Eastman, de 87 anos, por violação do código de ética, depois que documentos oficiais revelados nos Estados Unidos mostraram, em 2014, que ele havia recebido dinheiro da CIA para publicar informações falsas contra o governo chileno. A diferença entre os Estados Unidos, que se dizem “liberais” e “privatistas”, e na verdade não o são, e o Brasil, que cede a todo tipo de pressão, na tentativa de provar, todos os dias, que não é comunista nem estatizante, é que, mesmo quando envolvidas com corrupção - considerada uma espécie de “dano colateral” que deve ser “contornado” e “absorvido”, no contexto do objetivo maior, de permanente fortalecimento do complexo-industrial militar dos EUA - a existência das principais empresas de defesa norte-americanas nunca é colocada em risco. Apenas como exemplo, a Lockheed Martin, uma das principais companhias de aviação e de defesa dos EUA, pagou, como lembrou André Motta Araújo no Jornal GGN outro dia, entre as décadas de 1950 e 1970, mais de 300 milhões de dólares, ou 3.7 bilhões de dólares em dinheiro de hoje, de propina para autoridades estrangeiras, entre elas - para quem acha que isso só acontece em paises “sub-desenvolvidos” - o então Ministro da Defesa da Alemanha Ocidental, Franz Joseph Strauss, os ministros Luigi Gul, e Maria Tanassi, o Primeiro-Ministro Mariano Rumor e o Presidente da República Italiana, Giovanni Leone, o general Minoru Genda e o Primeiro-Ministro japonês Kakuei Tanaka, e até o príncipe Bernhard, marido da Rainha Juliana, da Holanda. E alguém acha que a Lockheed foi destruída por isso ? Como também informa Motta Araújo, seus principais dirigentes renunciaram alguns anos depois, e o governo norte-americano, no lugar de multar a empresa, lhe fez generoso empréstimo para que ela fizesse frente, em melhores condições, aos eventuais efeitos do escândalo sobre os seus negócios. A Lockheed, conclui André Motta Araújo em seu texto, vale hoje 68 bilhões de dólares, e continua trabalhando normalmente, atendendo a enormes contratos, com o poderoso setor de defesa norte-americano. Enquanto isso, no Brasil, os dirigentes de nossas principais empresas nacionais de defesa, constituídas, nesses termos, segundo a Estratégia Nacional de Defesa, em 2006, para, com sede no Brasil e capital votante majoritariamente nacional, fazer frente à crescente, quase total desnacionalização da indústria bélica, e gerir alguns dos mais importantes programas militares da história nacional, que incluem novos mísseis ar-ar, satélites e submarinos, entre eles nosso primeiro submersível atômico, encontram-se, quase todos, na cadeia. O Grupo Odebrecht, o Grupo Andrade Gutierrez, o OAS e o Queiroz Galvão têm, todos, relevante participação na indústria bélica e são os mais importantes agentes empresariais brasileiros da Estratégia Nacional de Defesa. Essas empresas entraram para o setor há alguns anos, não por ter algum privilégio no governo, mas simplesmente porque se encontravam, assim como a Mendes Júnior, entre os maiores grupos de engenharia do Brasil, ao qual têm prestado relevantes serviços, desde a época do regime militar e até mesmo antes, não apenas para a União, mas também para estados e municípios, muitos deles governados pela oposição, a quem também doaram e doam recursos para campanhas políticas de partidos e candidatos. Responsáveis por dezenas de milhares de empregos no Brasil e no exterior, muitos desses grupos já estão enfrentando, depois do início da Operação Lava-Jato, gravíssimos problemas de mercado, tendo tido, para gaúdio de seus concorrentes externos, suas notas rebaixadas por agências internacionais de crédito. Projetos gigantescos, tocados por essas empresas no exterior, sem financiamento do BNDES, mas com financiamento de bancos internacionais que sempre confiaram nelas, como o gasoduto do Perú, por exemplo, de quase 5 bilhões de dólares, ou a linha 2 do metrô do Panamá, que poderiam gerar centenas de milhões de dólares em exportação de produtos e serviços pelo Brasil, correm risco de ser suspensos, sem falar nas numerosas obras que estão sendo tocadas dentro do país. Prisões provocadas, em alguns casos, por declarações de bandidos, que podem ser tão mentirosas quanto interesseiras ou manipuladas, que por sua vez, são usadas para justificar o uso do Domínio do Fato - cuja utilização como é feita no Brasil já foi criticada jurídica e moralmente pelo seu criador, o jurista alemão Claus Roxin - às quais se somam a mera multiplicação aritmética de supostos desvios, pelo número de contratos, sem nenhuma investigação, caso a caso, que os comprove, inequivocamente, e por suposições subjetivas, pseudo-premonitórias, a propósito da possível participação dessas empresas em um pacote de concessão de projetos de infra-estrutura que ainda está sendo planejado e não começou, de fato, sequer a ser oficialmente oficialmente estruturado. O caso Lockheed, o caso Siemens, e mais recentemente, o do HSBC, em que o governo suiço multou esse banco com uma quantia mínima frente à proporção do escândalo que o envolve, nos mostram que a aplicação da justiça, lá fora, não se faz a ferro e fogo, e que ela exige bom senso para não errar na dose, matando o paciente junto com a doença. Mais uma vez, é necessário lembrar, é preciso combater a corrupção, mas sem arrebentar com a Nação, e com alguns dos principais pilares que sustentam nossa estratégia de desenvolvimento nacional e de projeção nos mercados internacionais. No futuro, quando se observar a história do Brasil deste período, ao tremendo prejuízo econômico gerado por determinados aspectos da Operação Lava-Jato, mutíssimo maior que o dinheiro efetivamente, comprovadamente, desviado da Petrobras até agora, terá de ser somado incalculável prejuízo estratégico para a defesa do país e para a nossa indústria bélica, que, assim como a indústria naval, se encontrava a duras penas em processo de soerguimento, depois de décadas de estagnação e descalabro. No Exército, na Marinha, na Força Aérea, muitos oficiais - principalmente aqueles ligados a projetos que estão em andamento, na área de blindados, fuzis de assalto, aviação, radares, navios, satélites, caças, mísseis, submarinos, com bilhões de reais investidos - já se perguntam o que irá acontecer com a Estratégia Nacional de Defesa, caso as empresas que representam o Brasil nas joint-ventures empresariais e tecnológicas existentes vierem a quebrar ou a deixar de existir. Vamos fazer uma estatal para a fabricação de armamento, que herde suas participações, hipótese que certamente seria destroçada por violenta campanha antinacional, levada a cabo pelos privatistas e entreguistas de sempre, com o apoio da imprensa estrangeira e de seus simpatizantes locais, com a desculpa de que não se pode “inchar”” ainda mais um estado que na verdade está sub-dimensionado para as necessidades e os desafios brasileiros? Ou vamos simplesmente entregar essas empresas, de mão beijada, aos sócios estrangeiros, com a justificativa de que os projetos não podem ser interrompidos, perdendo o controle e o direito de decidir sobre nossos programas de defesa, em mais um capítulo de vergonhoso recuo e criminosa capitulação ? Com a palavra, o STF, o Ministério da Defesa, e a consciência da Nação, incluindo a dos patriotas que militam, discreta e judiciosamente, de forma serena, honrosa e equilibrada, no Judiciário e no Ministério Público.

Mauro Santayana é jornalista e meu amigo.

Do Blog do Macário Batista

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Jimmy Carter surpreende: ‘Venezuela tem melhor processo eleitoral do mundo’

 

Written by jpsouza.

“Processo eleitoral na Venezuela é o melhor do mundo”, diz Jimmy Carter. Ex-presidente dos EUA coordena centro de monitoramento de eleições ao redor do mundo há mais de uma década

jimmy carter presidente eua venezuela

Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA, explica os motivos que o levam a crer na excelência do sistema eleitoral venezuelano. Foto: divulgação

O processo eleitoral na Venezuela é considerado o melhor do mundo pelo ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, que coordena uma instituição de monitoramento de eleições ao redor do mundo há mais de uma década. Em conferência anual do Carter Center, o norte-americano também garantiu que Hugo Chávez venceu de forma “justa” o último pleito presidencial, em 2006.

Carter elogiou o sistema de votação venezuelano por incluir duas formas de contagem, o que dificulta qualquer tipo de tentativa de fraude. No país, os eleitores escolhem o seu candidato em uma urna eletrônica e ainda recebem um comprovante, que é depositado em uma caixa vedada, aberta para confirmar os resultados eleitorais. Além disso, um dos dedos é manchado com tinta indelével.

O democrata disse que enquanto os sistemas de financiamento de campanha nos países latino-americanos melhorou significativamente, nos EUA se consolidou uma “corrupção financeira” alimentada por “resoluções que facilitaram o fluxo de dinheiro privado para as contas dos candidatos”.

Suas declarações vieram no mesmo dia em que jornalistas se reuniram no Carter Center para um workshop sobre a cobertura midiática das eleições venezuelanas. A instituição quer preparar os profissionais para escreverem retratos profissionais e não partidários do próximo pleito no país, que ocorre no dia 7 de outubro deste ano.

“O espaço que o treinamento do Centro fornece para reunir jornalistas de mídia divergentes é uma contribuição importante para diminuir a polarização e fortalecer a democracia venezuelana”, afirmou Andres D’Alessandro que coordenou atividades em junhos deste ano.

“As oficinas me ensinaram que tenho de fazer jornalismo – não jornalismo de oposição ou jornalismo oficial”, disse David Ludovic da ONG Instituto Prensa y Sociedad, que monitora o direito à liberdade de expressão na Venezuela. “Eu devo trazer apenas dados e explicações para o meu público”, acrescentou.

Por mais de uma década, o Carter Center conduziu observações eleitorais e treinamento para jornalistas na Venezuela. A organização norte-americana vai realizar estudo autônomo e independente sobre as eleições presidências deste ano no país, incluindo percepções da população sobre o processo eleitoral.

Marina Mattar, Opera Mundi

http://www.pragmatismopolitico.com.br/2012/09/jimmy-carter-eleicoes-venezuela.html

Venezuela determina que 50% das candidaturas sejam de mulheres

 

O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela aprovou, na última quinta-feira (25/06), um regulamento que determina que as candidaturas para as eleições parlamentares deverão ter uma composição paritária e alternada de 50% para cada sexo. A oposição criticou veementemente a decisão e ressaltou que denunciará o organismo eleitoral nacional e internacionalmente diante da medida.

A presidente do CNE, Tibisay Lucena, afirmou que se trata de uma “reivindicação justa, histórica e necessária”. O regulamento aprovado por ela determina que “as candidaturas deverão ter uma composição paritária e alternada de 50% para cada sexo, nos casos em que não seja possível aplicar a paridade, [a lista] deverá ter no mínimo 40% e no máximo 60% de cada sexo”, ressaltou.
A regra vale para os candidatos principais e também para os suplentes.
“Esse é um momento muito importante para o fortalecimento dos direitos políticos das mulheres e não é outra coisa que os direitos humanos que se fortalecem com essas medidas positivas, assim como a democracia”, disse Lucena.
A chefe do poder eleitoral lembrou ainda que em 2008 o CNE exigiu que as organizações políticas do país adotassem a igualdade de gênero para as eleições daquele ano, o que elevou a participação feminina em até 42% nas instâncias legislativas estaduais.
Repercussão

As pré-candidatas do PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) ressaltaram os avanços trazidos pela medida. De acordo com o partido, entre os pré-candidatos que disputarão as primárias neste domingo (28/06), 586 são mulheres e 586 são homens. Além disso, dos 1.162 postulantes, 63% são jovens, com idade entre 21 e 30 anos.
Os setores opositores, no entanto, criticaram a medida. A MUD (Mesa da Unidade Democrática), que já realizou suas primárias, apresentou uma lista com 87 candidatos, sendo que apenas 11 deles são mulheres, ou seja, 12,64%. Diante deste fato, o secretário-geral da organização, Jesús Torrealba, afirmou que rechaça a medida e que a condenará nas instâncias nacionais e internacionais.
O coordenador da MUD em Zulia, Gerardo Antúnez, afirmou que o regulamento é uma “manobra contra a unidade democrática do país”. E manifestou estranheza pelo fato de o CNE ter informado a medida após a primária opositora.

Fonte: Opera Mundi

domingo, 28 de junho de 2015

O novo secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo foi advogado do PCC

 

Novo titular de segurança de Alckmin foi advogado de 123 processos do PCC (Primeiro Comando da Capital)

Por redação, com GGN

O novo titular da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo aparece no Tribunal de Justiça do Estado como advogado em pelo menos 123 processos na área civil em favor da Transcooper, segundo informa o jornal O Estado de S. Paulo nesta sexta-feira (9).
A cooperativa atendida por Alexandre de Moraes - que tem como missão enfrentar uma das principais organizações criminosas do país, o PCC (Primeiro Comando da Capital) - é citada em um investigação que apura formação de quadrilha e lavagem de dinheiro do PCC.
Segundo a reportagem, Moraes afirmou em nota que começou a advogar para a Transcooper em janeiro de 2011, mas não atuou na investigação por suposta relação com o PCC. "Não houve qualquer prestação de serviços advocatícios - nem pelo secretário nem pelos demais sócios - às pessoas citadas em possível envolvimento com o crime organizado, em 2014. O contrato se referia estritamente à pessoa jurídica da cooperativa." Até o dia 8 de janeiro, entretanto, Moraes permanecia no site do TJ como defensor da cooperativa, frisou o Estadão.
"Moraes comandava um dos mais famosos escritórios de advocacia em São Paulo. Entre seus clientes estão empreiteiras, associações e políticos. Ele também participou, entre 2007 e 2010, da gestão Gilberto Kassab (PSD) na Prefeitura, quando acumulou os cargos de presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da São Paulo Transporte (SPTrans), além das Secretarias de Serviços e de Transportes", publicou o jornal.
"Em 2010, quando as investigações sobre a Transcooper tiveram início, Moura era diretor de uma das empresas citadas, a Happy Play. As outras eram a Himalaia e a Novo Horizonte. Na investigação, um dos endereços da Happy Play era o da garagem da Transcooper", acrescentou. O processo contra a empresa ainda está em andamento no Ministério Público.
Para assumir o comando da Pasta a pedido do governador Geraldo Alckmin (PSDB), Moraes afirma ter renunciado a todos os processos em que atuava e soliticou, no último dia 1, uma licença temporária de sua inscrição como advogado na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Na última disputa eleitoral, a Transcooper ganhou os holofotes da grande mídia por ter sido relacionada ao ex-deputado estadual Luiz Moura, suspeito de ter ligações com o PCC. Moura passou por sindicância dentro do antigo partido, o PT, e acabou sendo expulso. Moura, ao Estadão, afirmou desconhecer Moraes.

http://www.portalmetropole.com/2015/01/o-novo-secretario-de-seguranca-publica.html#ixzz3e67ZAJZw

Campos de concentração dos flagelados excluídos do Ceará Brasil

 

Relato à seguir uma dessas história horrorosas que nunca foi incluída nos livros das escolas do Brasil, é a história dos campos de concentração que existiram no Ceará – Brasil, que foram criados para impedir que os nordestinos que fugiam do interior do nordeste por causa da falta de água, chegassem nas cidades onde poderiam encontrar água e melhores condições de vida.

Na minha opinião, os livros didáticos de história do Brasil, precisam serem urgentemente reformulados para incluir a verdadeira história do Brasil,não faz mais sentido continuar aprendendo as mentiras dos antepassados porquê o Brasil já deixou de ser colônia a muito tempo.

Mapa Albernas 1627 1 – Brasil

Convém lembrar recapitulando a História do Brasil, que foram os Bandeirantes que desbravaram as terras brasileiras além do Tratado de Tordesilhas, conquistando o território demarcado como brasileiro, pela posse legítima e verdadeira; - isto aconteceu em 1496 com ajuda dos índios paulistas Tupy Guaranis que nestas terras foram alocados, expandindo o território brasileiro para oeste.

"A elite brasileira é sórdida, vive de costas para o País e nunca teve um projeto pra ele ! O povo é belo e muito bom!

Morro do Moinho, Teófilo fabricava a vacina e conscientiza o povo à recebe-la, porque a vacina que vinha do RJ causava graves efeitos como úlceras de caráter sulfúrico e tumores.

O cientista social e escritor Rodolfo Teófilo

ALGUNS CONSELHOS PARA UM “PAPA” DESESPERADO

ALGUNS CONSELHOS PARA UM “PAPA” DESESPERADO & Papa saúda Assembleia da Via Campesina

ALGUNS CONSELHOS PARA UM “PAPA” DESESPERADO
- por Kevin Annett
Publicado em 12 de junho de 2015
Caro Jorge,
Eu espero que você não me leve a mal se eu lhe disser que você está ficando cada vez mais desnorteado a cada mês. Recentemente, por exemplo, você instruiu seus Bispos para não dizer à polícia quando as crianças são estupradas por padres. Agora, esta semana, você anunciou planos para investigar estes mesmos Bispos se eles seguirem as suas instruções.

Então, o que isso significa?
Aparentemente inspirado pelo próprio sucesso do encobrimento recente no Canadá do sacrifício in loco de crianças nativas, você está agora criando o seu próprio "Tribunal" (caramba, isso soa tão impressionante) para fingir investigar você mesmo pelos seus crimes institucionalizados contra crianças. Mas, no processo, você está criando uma tal confusão de contradição que nada disso faz qualquer sentido - mesmo para um católico.
Com este "Tribunal", você imagina estar ajudando a expor o abuso de crianças católicas, ao passo que, na verdade, você não está fazendo nada para deter isso, além de empregar o velho clichê de transferir o criminoso para outro reduto. Aliás, pelo seu plano, nenhuma vítima da igreja realmente pode confrontar ou deter seus agressores legalmente responsáveis, já que seus homens convenientemente operam sob as suas próprias leis, e tribunais.
Isso é meio como o lobo dizendo a todas as ovelhas dóceis: Ei, confie em mim agora!
Naturalmente, não sendo um católico, isto é, eu não estou participando da suspensão da razão e do julgamento pessoal exigido por qualquer membro leal do seu "rebanho" de ovelhas. Então, quem sabe? Talvez o seu absurdo faça sentido para alguns bilhões ou para os que de alguma forma acreditam que "Deus" lida com dinheiro e crença, e que, juntamente com outros gênios invisíveis e "santos", pode ser influenciado para conduzir seus homens a essa coisa chamada de céu.
Mas Jorge, há um limite, eu só posso esperar, para a credulidade humana e o mutismo total. Quando Al Capone - que era, afinal, um papista pagante leal - uma vez disse aos repórteres que ele planejava "limpar todo o crime" em Chicago, é provável que a maioria das pessoas realmente tivesse acreditado nele. Só que o Grande Al estava na posse de todo o dinheiro, dos políticos e da força na cidade. Assim como você faz.
Dito isto, apesar da sua imagem trabalhada de um reformador excelente, eu não notei você fazendo muito reforma. Você não anulou a sua política do Vaticano que está de pé conhecida como Crimen Sollictationis, onde todos na sua igreja, dos Cardeais para baixo, devem encobrir o abuso de crianças e não contar à polícia sobre isso, ou enfrentar a excomunhão. Deus odeia um informante, certo? Na verdade, você disse recentemente aos seus próprios Bispos italianos que a polícia nunca deve ser incluída em qualquer investigação de abuso infantil. E quem pode esquecer a sua mentira patética, dita no ano passado, de que apenas "cerca de dois por cento" do seu clero eram estupradores de crianças?
Deixe-me explicar a verdadeira lei para você, Jorge: encobrir o abuso de criança é um ato tão criminoso como perpetrá-lo. Assim, a cifra não é dois por cento. Tente 100%. E, azar seu, você é o agente fiduciário chefiando um sindicato que subverte oficialmente a justiça e cúmplice de um crime contra a humanidade. Isso faz de você, bem, um sem sorte, amigo.
Claro, eu não sou nenhum imbecil. Isto é Chicago, afinal de contas, então eu não espero que os policiais prendam você. Mas isso não significa que você não está na defensiva e propenso a ficar exposto. Assim, como descaradamente você está fazendo todo o possível para esconder todos os seus pederastas depois do tempo, bem como os cadáveres dessas outras crianças que rotineiramente morrem ou são traficadas nas mãos do Vaticano, Corporação. E o tráfico de crianças é algo que você pessoalmente sabe tudo, não é, senhor?
Mas aí está a coisa, Jorge: na sua precipitação em encobrir tudo e cobrir o seu próprio rabo para o seu caso de amor com a ditadura argentina, você está esquecendo as regras básicas da guerra: nunca dê ordens contraditórias aos seus subordinados, e nunca renegue as suas próprias ações, caso contrário, você só vai semear a confusão no seu quadro de membros.
É surpreendente que um Jesuíta sumidade, como você, possa parecer estar desconsiderando tais princípios, treinado como todos vocês estão na arte do engano. Talvez você esteja ficando velho. Mas eu lhe dou razão por tentar desviar nossa atenção, não somente neutralizando qualquer investigação sobre crimes do Vaticano, mas usando nosso jargão, como o rótulo de "Tribunal". Seus amigos no Canadá têm tentado a mesma coisa com algum sucesso, porque, infelizmente, a sua central canadense é tão esperta como o ajudante corriqueiro do seu banco de igreja.
Mas aí está a coisa, cabron: quando você abre um monte de esterco, você não pode controlar o mau cheiro. E todos sabem que inquéritos in loco de si mesmo são tão genuínos como uma excursão a Lourdes.
No final do dia, Sr. Bergoglio, o seu último esforço para sorrir e interpretar pode não ter nada a ver com o abuso de crianças, e tudo a ver com o porquê você foi recrutado, que era para desviar a atenção.
Afinal, você não é oficialmente o “papa” enquanto Joe, o Rato, fica correndo em volta do Vaticano? Dando voltas no seu próprio país sem guarda-costas, fazendo mudanças políticas que são imediatamente desmentidas pela Cúria Romana, e nem sequer vivendo no Vaticano. Dois papas? Não pode ser. Então, qual de vocês, afinal de contas, é o verdadeiro Anticristo?
Eu vou deixar esta questão para os teólogos. E para os advogados.
Independentemente disso, Jorge, o seu desempenho está começando a se desgastar. Este Jesuíta movendo-se aos trancos de joelho que continua assustando, como quando você declarou recentemente o seu plano para "beatificar" (isso é como "embelezar"?) um missionário católico do século 18 na Califórnia, que simplesmente o que fez foi aterrorizar e escravizar um grande número de índios. Então, eu iria devagar neste plano de criação de santo se eu fosse você, especialmente porque você está indo para a América neste outono, dirigido por testa de ferro, onde todos os manifestantes estão!
De qualquer forma, esquecendo-se dos índios, como você tão facilmente faz, a sua imagem fica muito bem, com sua aparência de vovô bondoso, e todas aquelas ginásticas verbais que você executa para nos convencer de que as coisas estão muito diferentes agora nas Sete Colinas. Mas só a boa aparência nada garante. Pergunte a Elvis. E há a pequena questão da insolvência financeira de toda a sua instituição, e os seus esforços frenéticos para salvar o cambaleante Banco do Vaticano com uma pequena ajuda dos seus amigos russos e chineses. Talvez seja por isso que você está agindo de forma tão confusa. Quem não ficaria desnorteado, no seu lugar?
Mas, afinal, eu não me preocuparia muito. Uma boa parte - 85% - da raça humana parece precisar de uma figura paternal beneficente que não pode fazer nada errado, independentemente do sangue nas suas mãos. Como George Carlin diz, não há maior disparate na história do que a religião, e, infelizmente, o rebanho não despertou para a verdade, ainda. Por outro lado, um outro bom amigo meu chamado Honest Abe Lincoln, que foi de fato derrubado por vocês, uma vez disse que não se pode enganar todas as pessoas o tempo todo.
Eu tomaria isso no coração, Jorge.
Eu vou pegá-lo no próximo exorcismo.
Divinamente seu,
Kevin

http://portaldosanjos.ning.com/group/jornalcelestial/forum/topic/show?id=3406316%3ATopic%3A1595677&xgs=1&xg_source=msg_share_topic

Cantor Cristiano Araújo x Mestre Camarão: Abismo cultural em Pindorama

 

Abílio Neto

Quando foi noticiada a morte trágica desse artista, eu perguntei a meus filhos: esse era o famoso quem? Qual o seu maior sucesso? Falaram que defendia o gênero “sertanejo universitário” e que seu maior sucesso era “Bará, berê”. Fui escutar esta música. Achei uma bosta, mas eu sou um velho quase decrépito. Logo em seguida, fiquei espantado com a reação da mídia televisiva. O Jornal Nacional dedicou 10 minutos à morte do goiano. Mais tarde, ainda na noite do dia 24, sintonizei a TV Nova Nordeste do Recife que transmite os shows do São João de Caruaru. Aí foi que notei que estou por fora das coisas sem valor que fazem muito sucesso. O Pátio do Forró estava em clima de velório. O rapaz iria fazer naquela noite o show principal do São João de Caruaru. Fiquei sem acreditar. A baiana Margareth Menezes, que tem um repertório adaptado para as festas juninas, cantou para quase ninguém. Então concluí o seguinte: ou se acaba com essa falsa música sertaneja no Nordeste ou essa praga acaba com o que ainda nos sobra de cultura!

Cantor Cristiano Araújo x Mestre Camarão: Abismo cultural em Pindorama

Camarão artista pernambucano e Cristiano Araújo cantor goiano

A morte desse sertanejo 29 anos deixou algumas figuras da TV completamente desnorteadas: a Fátima Bernardes noticiou que o falecido era Cristiano Ronaldo (o jogador português) e a Ana das gafes (a Maria Braga), disse ontem que o sepultamento era do cantor Leonardo. Isso tem uma explicação e segue até uma lógica. Não pensem que esses artistas “sertanejos” ocupam a grande mídia porque são possuidores de imenso talento. Não se trata disso. É o famoso jabá o responsável por tudo. Nada melhor para falar mal do meio do que outro “sertanejo”, o Jorge, aquele da dupla Jorge e Matheus. Vejam o que ele declarou em recente entrevista:

“A nova linha do mercado sertanejo, que trata música mais como negócio do que como arte, já tem seus resultados negativos?

Jorge – Sem dúvida. É visível pra todo mundo. Hoje você compra tudo, as pessoas aprenderam isso. Paga o jabá na rádio, compra a matéria, aparece na TV, então qualquer coisa é capaz de aparecer, por isso muita coisa ruim consegue espaço. Mas aparecer e fazer sucesso são coisas diferentes. Você pode estourar uma música ruim, ganhar uns trocados, comprar um carro bom, mas em menos de um ano você já tá de volta à estaca zero por não haver base. Não adianta querer explicar o que é uma carreira de sucesso pra alguém que tá feito louco atrás de um hit. Eu tô ficando meio grilado com esse lance de história musical. Eu não posso falar de carreira porque eu tenho 7 anos, mas eu posso falar de base, de conhecimento. Hoje tem artista que não conhece de música, não vive música, não tem noção de nada, acha que ser músico é uma profissão que você escolhe da noite pro dia pra ganhar dinheiro.

Por que você decidiu falar agora?

Jorge – A gente chegou a uma situação insuportável, e acho que é um momento em que alguém precisa falar algo. O mercado nosso é podre, podre. Onde já se viu essa competição que acontece hoje entre duplas, entre escritórios? Nossas carreiras não são um jogo, ninguém tá competindo, ninguém vai ser campeão no fim do ano se fizer mais pontos. As pessoas estão equivocadas. Há uma briga de bastidores hoje entre os escritórios que só atrapalha. Hoje existem grupos isolados, escritórios que criam rixas com os outros e isso não leva ninguém a nada. Enquanto você se preocupa demais com o que os outros tão fazendo, você tá deixando de se preocupar com seu trabalho. Eu tô com nojo, disso. Nojo.”

Falou tudo, não é? Não esqueçam de que há três anos o Ministério da Cultura autorizou que a dupla Jorge e Matheus fizessem a captação de R$ 4,3 milhões para financiar a produção e divulgação de sua música. Dinheiro que foi captado das empresas, mas que foi reduzido do imposto de renda da pessoa jurídica. No fim é o contribuinte quem sustenta esses artistas midiáticos.

Tracemos um paralelo da morte desse Cristiano Araújo com a do Mestre Camarão, óbito ocorrido em 21 de abril deste ano. O Jornal Nacional não noticiou, nem Fátima Bernardes e Ana Maria Braga se atrapalharam. Os fãs dele também não agrediram ninguém na internet como fizeram os do Cristiano. Mas aqui em Pernambuco os admiradores desse artista que enriqueceu enormemente nossa cultura se fizeram presentes no seu velório e sepultamento em Caruaru.

Com a morte do sanfoneiro Camarão o forró não ficou apenas mais pobre: perdeu um dos últimos remanescentes da geração que veio logo em seguida a Luiz Gonzaga. Ele foi um dos músicos que consolidou a sanfona como instrumento do forró e tocou com todos os grandes artistas do gênero. Marcou época com a Bandinha do Camarão, uma formação pioneira com instrumentos metálicos. Como prova do descaso de quem faz cultura neste país, os discos em vinil que lançou ao longo de mais de 50 anos de carreira ficaram fora de catálogo. Somente estão salvos alguns CDs que gravou.

O sanfoneiro, nascido em Brejo da Madre de Deus em 23/06/1940, começou a tocar sanfona ainda criança. Numa entrevista ao Jornal do Comercio, em 2003, ele relembrou a música nordestina antes mesmo do advento de Luiz Gonzaga: “O forró como a gente chama hoje era conhecido por samba. Os sanfoneiros tocavam valsas, polcas. Vi muitas vezes Zé Tatu tocando estes estilos. Estas músicas nordestinas, a não ser nos sítios, só tocavam no período junino. Só depois é que vieram as músicas de Luiz Gonzaga”.

Camarão começou a ganhar a vida como músico tocando em Caruaru, Serra Talhada e nas cidades do interior que tivessem cabarés animados. Foi em Caruaru, aos 20 anos, que ele recebeu seu primeiro salário fixo, na Rádio Difusora: “Na vaga do sanfoneiro Zé Vaqueiro. Quem tocava antes de Zé Vaqueiro era Hermeto Pascoal, que o pessoal chamava de Sivuquinha”. O apelido Camarão veio, obviamente, por ele ser muito louro, de bochechas avermelhadas e foi invenção do também falecido cantor Jacinto Silva: “Um dia cheguei atrasado na rádio. No que entrei com a introdução, avexado, Jacinto não acertou e gritou: de novo, Camarão”. O pessoal caiu no riso e a coisa pegou.

Ele recebia uma irrisória pensão vitalícia por ter sido contemplado como Patrimônio Vivo da cultura pernambucana, mas não pensava em se aposentar. Porém, paradoxalmente, não demonstrava interesse em continuar com sua banda ou voltar a lançar disco: “Gravar para quê? Para presentear os amigos? Ninguém compra, não toca no rádio, e quando acontece de vender bem, no outro dia está no camelô pirateado”. O forró, este Camarão acha que não acaba nunca: “Na verdade, o forró nunca foi muito considerado, mas é feito aquele programa, Balança Mas Não Cai: balança, balança, mas não cai, vai continuar sempre”.

Camarão foi um sanfoneiro que lançou várias pessoas como cantores, que assim puderam ver seus nomes nos selos dos discos. São exemplos: Miguel de Águas Belas, Risoleide Alves, Joana Angélica, Azulão, Risomar, Áurea Lane, Sandro Rogério, José Silva e outros. Uns seguiram carreira e outros ficaram pela beira da estrada artística. Lançou também vários compositores de músicas bonitas e singelas que gravaram também seus nomes nos discos de vinil, que, bem cuidados, são eternos.

Quando ele se apresentava no São João de Caruaru, jamais foi o principal artista da noite, muito pelo contrário, às vezes era encarregado de abrir a festança, justamente quando as pessoas começavam a chegar ao pátio de eventos. Não era midiático como Cristiano Araújo, porém deixou seu nome firmemente fincado na cultura nordestina. Isso é o que nos interessa!

Audio Player

http://rnemrede.com/wp-content/uploads/2015/06/Camarao-De-Recife-a-Salvador.mp3

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Por Abílio Neto

http://rnemrede.com/2015/06/cantor-cristiano-araujo-x-mestre-camarao-abismo-cultural-em-pindorama.html

Ministério Público Federal pega Aecím em Minas

 

Alerta do amigo navegante Afonso, a partir da Procuradoria da República em MG:

MPF afirma que mais de R$ 14 bilhões deixaram de ser aplicados na saúde em MG


Irregularidades aconteceram entre os anos de 2003 e 2012 e refletem o descumprimento de vários dispositivos constitucionais e legais pelos governos estaduais que se sucederam nesse período
Belo Horizonte. O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com ação civil pública contra o Estado de Minas Gerais por descumprimento da Emenda Constitucional 29/2000, que fixou a obrigatoriedade de aplicação do percentual mínimo de 12% do orçamento em ações e serviços de saúde pública, como atendimentos de urgência e emergência, investimentos em equipamentos e obras nas unidades de saúde, acesso a medicamentos e implantação de leitos.
De acordo com a ação, o governo estadual, por 10 anos, entre 2003 e 2012, descumpriu sistematicamente preceitos legais e constitucionais, “em total e absurda indiferença ao Estado de Direito”, efetuando manobras contábeis para aparentar o cumprimento da EC 29.
Na prática, “R$ 9.571.062.581,53 (nove bilhões, quinhentos e setenta e um milhões, sessenta e dois mil reais e cinquenta e três centavos) deixaram de ser aplicados no Sistema Único de Saúde (SUS) pelo Estado de Minas Gerais”, quantia que, em valores atualizados, “corresponde a um desfalque de R$ 14.226.267.397,38″.
O resultado desse descaso, prossegue a ação, revela-se com as “filas extenuantes, a falta de leitos nos hospitais, a demora que chega a semanas e até meses para que o cidadão se entreviste com um médico, a demora na marcação e na realização de exames clínico-laboratoriais, as mortes nas filas dos nosocômios, as doenças endêmicas que vez por outra castigam a população (como foi o caso recente da dengue), a falta de remédios a serem distribuídos à população, etc.”.
Para os procuradores da República, não é sem razão que após tantos anos investindo no SUS bem abaixo do mínimo constitucional, “o serviço público de Saúde, embora considerado o mais importante pela população, alcançou, em 2009 e 2010, os piores índices de satisfação” dentre os serviços públicos prestados pelo Estado de Minas Gerais, conforme relatório técnico do Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre as contas do governador do Estado no Exercício 2011.
Manobras para inflar dados – Por 10 anos, o governo estadual incluiu gastos estranhos à saúde para simular o cumprimento da obrigação de investir o mínimo constitucional.
No caso dos estados, os 12% são compostos por recursos públicos oriundos de transferências da União via Fundo de Participação do Estado (FPE) e de arrecadações de impostos estaduais (ITCD, ICMS e IPVA). Esses recursos entram no caixa do Estado a título de orçamento vinculado, ou seja, devem ser obrigatoriamente aplicados na Saúde Pública.
A legislação, inclusive, dispõe, de forma explícita, para não restar dúvidas ao governante, que os recursos vinculados ao cumprimento do mínimo constitucional em saúde devem ser investidos em ações e serviços “que sejam de responsabilidade específica do setor de saúde, não se confundindo com despesas relacionadas a outras políticas públicas que atuam sobre determinantes sociais e econômicas, ainda que com reflexos sobre as condições de saúde”, como o saneamento básico, por exemplo.
No entanto, para os governos que administraram o estado naquele período, entraram como se fossem gastos com saúde pública até “despesas com animais e vegetais”, já que verbas direcionadas ao Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e à Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) foram computadas como gastos com saúde.
Interessante é que, antes de 2003, tais despesas eram incluídas na função adequada (no caso do Ima, função 20-Agricultura; no caso da Feam, função 18-Gestão Ambiental), mas passaram a ser contabilizadas como saúde a partir daquele ano para fugir ao cumprimento do mínimo constitucional.
E a mesma manobra foi feita em diversas outras áreas, incluindo repasses a entidades assistenciais, como a Coordenadoria de Apoio e Assistência à Pessoa Deficiente, além do pagamento de benefícios previdenciários a servidores ativos e inativos do estado, o que é expressamente vedado pela Lei Complementar 141/2012.
Nesse ponto, o MPF lembra que a LC 141 foi editada com o propósito de regulamentar a EC 29, mas, na prática, apenas reforçou todo o arcabouço legislativo já existente, inclusive repetindo o texto de normas de natureza infralegal, como a Resolução nº 322/2003, do Conselho Nacional de Saúde, que elenca expressamente as inclusões proibidas.
Uma dessas vedações diz respeito à inclusão de verbas destinadas ao pagamento de aposentados e pensionistas, principalmente porque se trata de beneficiar uma clientela fechada, contrariando o princípio da universalidade e gratuidade do SUS. Conforme destacou a Comissão Técnica do TCE-MG ao rechaçar a aplicação, as ações e serviços de saúde prestados por entidades como, por exemplo, o IPSEMG, IPSM e Hospital Militar, são de “acesso restrito aos servidores e a seus dependentes e inclusive por eles custeadas”, não sendo, portanto, nem “gratuito nem universal, uma vez que só podem usufruir da assistência prestada por esses Institutos aqueles que contribuem diretamente, quer sejam segurados da ativa, inativos, pensionistas ou seus dependentes, não sendo permitido aos cidadãos em geral utilizar-se da referida assistência”.
Chama ainda atenção o fato de que as receitas que custeiam tais serviços originam-se de fontes próprias – do próprio servidor, que contribui com 3,2% da sua remuneração frente aos 1,6% do Estado, no caso do IPSEMG e IPSM -, ou do pagamento de taxas arrecadadas pela atividade policial.
Ou seja, para alegar o cumprimento da EC 29, os governos estaduais, de 2003 a 2012, consideraram não apenas a receita vinculável (FPE + impostos), “mas também despesas que foram suportadas por recursos diretamente arrecadados, ou seja, que sequer representaram efetivos gastos para o Estado, não consistindo em investimentos reais deste. Assim, conseguiu que um maior valor do próprio orçamento fiscal ficasse livre para outros gastos que não em saúde”.
Para o MPF, “Valer-se destes valores pagos pelos usuários ou oriundos de terceiros, computando-os na soma de investimentos públicos estaduais como se fossem a mesma coisa, é uma inegável artimanha para inflar números e distorcer a realidade”.
“Para além disso, o Governo de Minas Gerais chegou ao absurdo de incluir como se fossem aplicações em ASPS serviços veterinários prestados ao canil da 2ª CIA, reforma da maternidade da 4ª CIA Canil do BPE, serviços de atendimento veterinário para cães e semoventes, aquisição de medicamentos para uso veterinário, aquisição de vacinas para o plantel de semoventes”, relata a ação.
Copasa – Mas os valores de maior vulto, indevidamente incluídos para simular a aplicação do mínimo constitucional, foram direcionados à Copasa, uma sociedade de economia mista que presta serviços de água e esgoto mediante a cobrança de tarifas aos consumidores mineiros. Embora o Estado detenha o controle acionário da empresa, 41,59% de seu capital pertence a outros acionistas, entre eles bancos estrangeiros.
Pois os governos estaduais contabilizaram os gastos feitos pela Copasa com saneamento básico – que, segundo a própria empresa, foram despesas pagas majoritariamente com recursos oriundos de tarifas pagas pelos consumidores, além de recursos oriundos do lançamento de ações na bolsa de valores e de contratos de financiamento – como despesas com o SUS no cumprimento do mínimo constitucional.
Lembrando que também neste caso, até 2002, os investimentos em saneamento básico eram agregados na função 17-Saneamento, o MPF destaca que serviços pagos pelo consumidor vão de encontro à natureza dos serviços públicos de saúde, que devem ser obrigatoriamente gratuitos.
Além disso, a Copasa sequer integra o orçamento fiscal do estado, pois se trata de uma pessoa jurídica de direito privado, não estando integrada, portanto, ao SIAFI, para controle da regularidade no uso de recursos públicos. “Não é sem motivo, portanto, que no decorrer de todos os anos de práticas irregulares, a CAEO [Comissão de Acompanhamento da Execução Orçamentária do Estado] ressaltou a má-fé do governo ao misturar a COPASA com as reais despesas do Estado em saúde, para fins de tentar parecer cumprido o mínimo garantido pela Constituição”, afirma a ação.
Para se ter ideia do prejuízo ao SUS causado pela inclusão indevida da Copasa no quadro geral de valores que o governo estadual alegava ter investido em saúde, basta ver que esses recursos já chegaram a representar até 37,18% do total, como ocorreu em 2006.
Por sinal, naquele ano, “apenas 43,57% da quantia que o Estado afirmava ter investido em saúde realmente reverteu em benefício de ações universais e do SUS. Mais da metade, na verdade, dizia respeito a saneamento básico, previdência social, serviços prestados a clientela fechada e verbas diretamente arrecadadas que sequer provinham do orçamento fiscal estadual, as quais jamais poderiam ter sido incluídas no cálculo do piso constitucional em saúde”.
“Ver-se diante da crua realidade de nossos hospitais não deixa ignorar que, caso os bilhões de reais que deixaram de ser investidos no SUS em virtude de distorções nos cálculos do Governo de Minas tivessem sido direcionados corretamente, o cenário poderia ser diferente”, afirmam os procuradores da República.
Pedidos – A ação pede que a Justiça Federal determine à União condicionar o repasse dos recursos do Fundo de Participação dos Estados ao efetivo cumprimento da EC 29 pelo Estado de Minas Gerais, com a aplicação, nos próximos anos, dos 14 bilhões que deixaram de ser investidos entre 2003 e 2012. Ou seja, além do valor que o Estado deverá investir normalmente, o governo ainda terá de acrescer parcelas que resgatem a quantia não aplicada nos anos anteriores.
Para isso, o Estado deverá apresentar, no prazo máximo de seis meses, estudos técnicos contábeis e econômicos que demonstrem o valor percentual necessário e possível a ser acrescido à percentagem relativa ao mínimo constitucional (EC nº 29/00) em cada um dos próximos anos, até que seja sanada sua dívida.
Pede-se ainda a criação, ainda para este ano de 2015, de conta corrente específica para receber os recursos vinculados ao cumprimento do mínimo constitucional.
(ACP nº 0033275-93.2015.4.01.3800)
Clique aqui para ter acesso ao conteúdo integral da ação.
SAIBA MAIS
Outra ação do MPF
Esta é a segunda ação judicial do MPF/MG contra o Estado de Minas Gerais por descumprimento da EC 29.
Em 19 de dezembro de 2003, o MPF recomendou ao então governador do Estado, Aécio Neves, a inclusão na proposta orçamentária para o ano de 2004 dos recursos necessários para cumprimento do mínimo constitucional, até porque já haviam sido incluídas na rubrica do SUS despesas sem nenhuma relação com a saúde, como pagamento de precatórios, sentenças judiciais, encargos previdenciários, gastos com Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, etc..
Naquela ocasião, o MPF havia apurado que nos primeiros anos de vigência da EC 29, em 2000, 2001 e 2002, o Estado de Minas Gerais já deixara de aplicar os percentuais de 3,26%, 1,09% e 3,01, acumulando um déficit de R$ 665.240.982,00.
A recomendação foi ignorada.
No dia 1º de março seguinte, o MPF ingressou com a Ação Civil Pública nº 2004.38.00.008973-8, pedindo a suspensão do repasse dos recursos do FPE, conforme também prevê a Constituição (artigo 160).
Três anos depois, em agosto de 2007, a Justiça Federal em Belo Horizonte acatou os argumentos do Ministério Público Federal e bloqueou o repasse de 376 milhões de reais ao Estado por descumprimento da obrigação de aplicação do mínimo constitucional. Na ocasião, o juízo federal, diante das manobras contábeis que eram feitas pelo Estado, já ressaltava que nenhuma despesa pode ser considerada como destinada a ações e serviços públicos de saúde se não apresentar os atributos de universalidade, igualdade e integralidade.
O governo mineiro entrou com Pedido de Suspensão de Segurança junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que concedeu efeito suspensivo à sentença e liberou os recursos em setembro de 2007.
Os autos da Ação Civil Pública chegaram ao TRF-1, para julgamento do mérito do recurso apresentado pelo governo estadual contra a sentença, em 13 de março de 2008. Nos sete anos que se seguiram, a ação não teve qualquer decisão, conforme demonstra a movimentação processual no site do TRF-1.

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O que Lula mostrou? Que ele está se movendo e chamando para mudar

 

berrante

Jânio de Freitas – um dos poucos a deixar de reduzir a política a um jogo de futricas – analisa as últimas e polêmicas manifestações de Lula com um pouco mais de profundidade do que aqueles que ficam no “vai romper-não vai romper” com Dilma.

Na política, rompe-se por divergências de fundo. Quando as diferenças são de método, a questão é de convergência ou afastamento e isso deve ter, a partir de certo ponto, o conhecimento público, ou os políticos populares estarão sendo hipócritas e negando aos cidadãos formar suas convicções sobre o que fazer e esperar que se faça.

Ao contrário, Lula está fazendo política e com declarações que, se é direito questionar a oportunidade, ninguém bem intencionado pode desprezar o mérito, até porque os defeitos de acomodação e autismo social que ele aponta no PT também ocorrem – e em escala muito mais avantajada – em quase todos os atores políticos do país.

E este reconhecimento, aliás, partiu da própria Dilma, quando disse que todos podiam criticar, “ainda mais o Lula”, num reconhecimento que é ele, em última instância, a origem da legitimidade que as urnas deram ao seu mandato.

Ainda mais porque Lula não tem qualquer interesse objetivo em um rompimento com a Presidenta, nem mesmo aquele que, normalmente, envenena as relações criador-criatura: que esta queira lhe tomar o lugar. Dilma não pode pretender uma reeleição a mais e Lula talvez não tenha sequer este desejo, depois de sair consagrado de seus dois mandatos, mas cada vez mais tem o dever, em nome do projeto político que encarna.

Projeto que é maior, muito maior que as boas relações pessoais que mantém com Dilma e até mesmo que sua relação de “pai” do PT.

Os líderes políticos não são grandes por vontade ou preferências pessoais. São quando correspondem a uma necessidade social, como Lula foi e é a encarnação de um projeto de desenvolvimento, soberania, inclusão e justiça social para o país.

Isso é maior que todos os erros políticos: os dele, os de Dilma, os do PT e os de todas as esquerdas.

Se existe algo capaz de fazer o Brasil sair da crise, do desânimo e da violenta onda obscurantismo que nos avassala é a referência política que produz, sereno e seguro, os sinais que o coletivo sabe reconhecer e seguir, em nome de seus próprios interesses.

Como, final, aconteceu com a eleição do ex-torneiro mecânico quando se dizia – quem lembra? – “sem medo de ser feliz”.

As falas e a surdez

Jânio de Freitas, na Folha

Lula não falou muito, mas disse quase tudo. Tem em torno de uma hora a soma das três ocasiões, de quinta-feira para cá, em que desnudou a presidência de Dilma e o governo, a realidade dramática do PT e sua própria situação política. Mas não incluiu sinal algum da motivação de tanta e tão inesperada franqueza. Apesar disso, o interesse aqui de fora voltou-se para a motivação, com variada especulação entre a justificável e a de oportunismo achincalhante. Sinal dos tempos, diriam no passado, o teor das considerações de Lula está deixado à margem.

Lula disse verdades sérias, no entanto. Muitas. E duras, para o PT e para Dilma. Capazes de machucar mesmo, embora ditas sem tons raivosos ou agressivos. Ditas mais em tom de lamento, como um desabafo pesaroso. Observações e críticas que precisariam de mais do que o espaço de um comentário corriqueiro.

Antes de tudo, Lula mostrou que a cabeça política está em forma. A escolha de uma reunião com padres para lançar sua saraivada de verdades dolorosas foi muito hábil. Era uma conversa fechada, em que podem ser ditas coisas especiais, não era um ataque público a Dilma, ao governo e às condições do PT. E também era uma conversa previsível e facilmente vazável, tornando público o que conviria sê-lo sem o ser. Vazou, paciência, isso acontece –poderia dizer. Mais tarde, fez complementos justificados pela abertura pública dada às reflexões anteriores. Técnicas de Getúlio, Tancredo, Jânio, Adhemar, dos artistas da política.

Vistas com objetividade, as observações e críticas de Lula são irrefutáveis. “O PT envelheceu”, sim, no pior sentido da expressão, dominado pela incoerência e ocupado com o fisiologismo. E se não fizer “uma revolução interna”, adeus. Reerguer partido é, porém, tarefa sem precedente aqui, e no mínimo rara no mundo.

Como único líder de massa no país, Lula seria a arma petista para a tentativa contra a regra histórica. Se não a fizer, não será porque esteja corroído como o PT: sua imagem está muito diminuída, mas isso não se confunde, a priori, com o seu potencial arregimentador, cujas reservas só podem ser mensuradas na prática.

Lula admite que a solução petista possa estar na entrega do partido aos novos. Mas onde estão esses novos com provável capacidade para trazer o PT de volta ao PT? Talvez nem mesmo entre os velhos petistas haja, para tentar tal tarefa, mais do que Vicentinho, ou, se tanto, um outro menos lembrado. O PT formou-se como caudatário de Lula. Mesmo quando as estratégias de José Dirceu abriram horizontes para o PT, foi em torno de Lula que isso se fez e pôde vencer. Nessa peculiaridade está a outra face da situação dramática do PT.

Lula não esquece que Dilma entregou o governo e o país ao “ajuste” que na campanha repudiou como “coisa de tucano”. Nem o fato de que “estamos há seis meses discutindo ajuste, e ajuste não é programa de governo, depois vem o quê?”. Lula cobra: “tem de mudar”, porque a situação está resumida no silêncio de Dilma a uma pergunta sua: “Companheira, você lembra qual foi a última notícia boa que demos ao país?”. Lula tem de memória até a data, 16 de março, em que fez a pergunta, para provar que desde a eleição o governo “não deu ao país uma só notícia boa”.

E então? “Mudar.” Mas o que é necessário para convencer Dilma? No seu desabafo, Lula sublinhou a surdez de Dilma, sua escolhida, até para ele. É explicável que esteja desalentado. Ou, como diz, “cansado”. Mas é certo que tem intenções, ou não abriria essa fase de franquezas inconvencionais para um político do seu nível.

Lula estava criticado pelo silêncio, Lula está criticado porque falou. Pode ser que daqui a pouco seja criticado por dar algum sentido prático, seja qual for, às suas mensagens, várias apenas implícitas. Como sugere a decisão de emiti-las.

http://tijolaco.com.br/blog/?p=27791

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Como a guerra da Comunicação desfavorável ao Governo e ao PT sustenta clima de crise e derrotas

 

Walter Santos

WALTER SANTOS 25 de Junho de 2015 às 16:16

De fato, extrapolou a premissa e realidade na qual 5 famílias detêm o comando (oligopólio) dos veículos em cultura e sistema proporcional nos estados. Não dá mais para se ter esta constatação em práxis econômica

À margem e/ou no paralelo ao enfrentamento político sustentado na conjuntura pela Oposição e por setores do Judiciário, Ministério Público Federal, TCU, etc, como que numa grande orquestração de foco definido, ainda há que se entender, ao mesmo tempo rejeitar, a ação parcial e determinadamente oposicionista da Mídia Nacional na manutenção de noticiário seletivo e focado na desconstrução do Governo Dilma, do ex-presidente Lula, do PT e seu significado gerando a mais consistente campanha de setores organizados da sociedade contra uma estrutura partidária no Pode Central do Brasil. Neste cenário sofrem todos, o Governo, a sociedade, os diversos Poderes e a própria Mídia convivendo com a mais forte crise de sua história.

Em plena quinta-feira de queda na temperatura do Sudeste e do Sul do País com pancadas de chuvas no Nordeste, o tratamento da Mídia ao pedido de "habeas corpus" orquestrado por um cidadão em Campina, mas concebido como ação do ex-presidente Lula, algo não acontecido, na proporção inversa do que a mesma Imprensa tratou a punição a executivos envolvidos em propinas no escândalo do Trensalão em São Paulo – ligado ao PSDB, eis que o noticiário ficou escondido na cobertura geral, sem abordagem de escândalo.

Como isso se dá? É simples de responder: os assuntos do PT invariavelmente se transformam em manchetes garrafais (Fonte maiúsculas), já os do PSDB se escondem no noticiário geral também ocultando-se a imagem dos tucanos atingidos.

São dois tratamentos antagônicos, ambos politizados e conduzidos por veículos como a Folha, Rede Globo, Veja, etc – grupos esses que resolveram afastarem-se completamente do principio básico do Jornalismo sadio passando comumente pela consulta a todos os atores envolvidos sempre recomendando-se ouvir-se e garantir o contra-ponto, algo há tempo rasgado pelas novas diretrizes desses órgãos de comunicação.

CRISE E DESCONSTRUÇÃO VEM DESDE GUSHIKEN

As entidades democráticas, tipo OAB, ABI, Fenaj, etc, nem precisam necessariamente saber e/ou estudar causas e efeitos desta grave crise porque passa a Imprensa brasileira estendendo-se aos veículos poderosos na relação com Governo Federal, Lula e o PT, mas o ódio e enfrentamento aos Governos petistas se registram na verdade desde 2003 quando o ex-presidente petista se elegeu e, em sua gestão, o ex-deputado federal Luiz Gushiken, entrou no alvo da Mídia por defender a democratização dos recursos de publicidade no País.

As cifras são fáceis de entender: até 2002, no Governo FHC, eram apenas 192 empresas em todo País a mexer com a verba publicitária do Governo Federal. Lula saiu do governo com mais de 5 mil empresas e, agora com Dilma, passam de 8 mil empresas.

É em parte este cenário publicitário implantado relativamente pelo Governo do PT que selou uma ira e ódio sem fim de grandes empresários da comunicação, a maioria monopolizando. Tratamos de relatividade porque durante os anos seguintes, a SECOM nunca deixou de adotar o critério técnico de audiência para contratar serviços até dos veículos que fazem campanha sistemática contra o Governo.

O QUE FAZER DIANTE DA CRISE AGUÇADA?

Ao Governo é dado o papel de se posicionar como vem fazendo até a presente data de não retaliar nenhum profissional nem estrutura midiática, mesmo assim a nova fase de Edinho Silva precisa deslanchar de vez, no mínimo, a "guerra de convencimento comercial" para garantir no mínimo o contra-ponto dos governistas.

Há, ainda, que manter o diálogo mesmo por menor que seja sabendo que não vai tirar de pauta a decisão acordada entre os veículos de comunicação de peitar e querer tirar o Governo Dilma do mandato e do sério.

Mas precisa ter coragem e bom senso para chamar a sociedade ao debate sobre normatização da Mídia, que passou a ser chamada de política de censura do Governo, algo inexistente na prática, precisando ser convocada pela ótica econômica –e somente só, pois precisamos adotar no Brasil o que já acontece nos países civilizados.

De fato, extrapolou a premissa e realidade na qual 5 famílias detêm o comando (oligopólio) dos veículos em cultura e sistema proporcional nos estados. Não dá mais para se ter esta constatação em práxis econômica.

Daí, além do diálogo infrutífero até agora, o Governo precisa conversar com quem pode gerar relacionamento altivo, de elevado nível, mas para colocar os trilhos no eixo precisa conviver com a democratização dos meios e da verba publicitária.

http://www.brasil247.com/pt/247/artigos/186397/Como-a-guerra-da-Comunicação-desfavorável-ao-Governo-e-ao-PT-sustenta-clima-de-crise-e-derrotas.htm

'Regulação da mídia é necessária à liberdade de expressão'

 

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247 – O ministro Luiz Fux saiu em defesa da regulação da mídia no julgamento das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 4679, 4747, 4756 e 4923 ajuizadas contra a Lei do Serviço de Acesso Condicionado (12.485/2011) no STF.

Fux invalidou praticamente todas as alegações das autoras e também proferiu um voto que indica a validade da regulação da mídia para a garantia da liberdade de expressão, diversidade e pluralidade no sistema de comunicação do país.

Segundo ministro, os dispositivos da lei “respaldam, a toda evidência, uma postura não meramente passiva do Estado na regulação da TV por assinatura, viabilizando (e porque não dizer reclamando) verdadeira atuação positiva do Poder Público na promoção dos valores constitucionais pertinentes ao setor”.

Leia aqui reportagem da Carta Capital sobre o assunto.

Brasil 247

PT e PSDB invertem bandeiras nas aposentadorias

 

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247 - O jornalista Ricardo Kotscho criticou nesta quinta-feira, 25, em seu blog, a inversão de papéis que PT e PSDB protagonizaram na Câmara, na aprovação da correção do salário mínimo para aposentados e pensionistas, que pode gerar mais um aumento de despesas na Previdência. Deste vez, de R$ 9 bilhões somente este ano.

"Está em marcha um movimento na Câmara para fazer exatamente o contrário do que o governo pretendia com o pacote fiscal para reequilibrar as contas públicas: a cada votação, fazem o possível para aumentar os gastos, sem permitir aumentos na arrecadação. O buraco aumenta e as contas simplesmente não fecham. Aonde querem chegar?", questiona.

Kostcho conta que a aprovação da matéria contou com votos de 49 dos 51 deputados do PT. Enquanto o PSDB votou unido a favor da medida, assumindo agora o papel de defensor dos aposentados, depois de ter criado o fator previdenciário no governo FHC.

"Ou seja, os dois grandes adversários na política nacional inverteram os papéis: tucanos defendendo os interesses dos trabalhadores, sem dar bola para o equilíbrio fiscal; petistas obrigados a votar contra, em defesa da política econômica neoliberal adotada pelo governo, que até outro dia era a grande bandeira do seu adversário", afirmou.

"E assim ficamos sem saber se a crise política é consequência da crise econômica ou vice-versa, já que uma vai alimentando a outra. O fato é que a cada dia fica mais difícil enxergar uma luz no fim do túnel. Agora não adianta procurar culpados. Precisamos encontrar saídas", acrescentou.

Leia aqui a íntegra do texto.

https://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/186369/Kotscho-PT-e-PSDB-invertem-bandeiras-nas-aposentadorias.htm