domingo, 12 de abril de 2015

Ao fim da Cúpula das Américas presidente do Panamá faz balanço dos avanços alcançados

Foto oficial dos presidentes da 7ª Cúpula das Américas

 

Líderes de 35 países do continente se reuniram por dois dias na Cidade do Panamá, onde ocorreu a 7ª Cúpula das Américas.

O encontro dos países do continente americano, a 7ª Cúpula das Américas, não conseguiu atingir consenso para a elaboração de uma carta final e terminou com a declaração do presidente do Panamá, país anfitrião, Juan Carlos Varela. Nesta, o chefe de Estado destacou outros consensos atingidos durante os dois dias da Cúpula, entre estes figura o apoio das nações à reaproximação de Cuba e Estados Unidos, bem como à negociação para o fim do conflito com as FARC, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

Presidente da Venezuela Nicolás Maduro durante discurso anual na Assembleia Nacional, em Caracas, Venezuela

© AP Photo/ Ariana Cubillos

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A ausência de consenso para a declaração conjunta ao fim do encontro se deu a partir da exigência venezuelana de incluir no documento condenação às sanções impostas pelos Estados Unidos ao país. No mês de março, o governo norte-americano decretou a suspensão do visto de sete funcionários do governo da Venezuela assim como o congelamento de seus bens em território norte-americano. Na ocasião, a Casa Branca afirmou que a Venezuela representaria uma “ameaça incomum e um problema extraordinário para os Estados unidos”, alegando que o governo de Nicolás Maduro adotaria medidas antidemocráticas. Em resposta às sanções, a Venezuela resolveu cobrar visto de cidadãos dos Estados Unidos que visitem o país.

O presidente de Cuba, Raúl Castro, chega à Cidade do Panamá em 9 abril de 2015 para participar da Cúpula das Américas pela primeira vez

© AFP 2015/ INTI OCON

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Outro ponto de destaque para o presidente do país anfitrião foi o encontro histórico entre Estados Unidos e Cuba após mais de 50 anos: “A decisão anunciada pelos presidentes dos Estados Unidos e de Cuba para avançar em um novo enfoque das relações entre seus países criou uma expectativa legítima de que situações antigas e recentes, que tensionaram as relações entre os dois hemisférios do continente, possam ser resolvidas”, disse.

Apesar da ausência de consenso na carta final, o líder panamenho destacou que a posição consensual foi atingida na maioria das propostas apresentadas, as quais tratam de temas como saúde, educação, segurança, políticas de imigração e energia.

A 7ª Cúpula das Américas reuniu líderes e representantes dos 35 países das Américas Central, do Norte e do Sul. Ainda na declaração final, o presidente do Panamá afirmou que o chefe de Estado do Peru, o presidente Ollanta Humala, se ofereceu para ser o anfitrião do próximo encontro, ainda sem data definida.

http://br.sputniknews.com/mundo/20150412/733414.html

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