sexta-feira, 20 de março de 2015

Negociações nucleares com Irã são interrompidas

 

O Irã e o grupo conhecido como P5+1, formado por Estados Unidos, China, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha, interromperam as negociações nucleares antes do esperado nesta sexta-feira, para permitir que a delegação iraniana participe do funeral da mãe do presidente.

O negociador russo, Sergey Ryabkov, disse que os lados estavam perto de um acordo.
Ryabkov disse que, embora algumas divergências permaneçam, os negociadores esperam "concluir os trabalhos principais" durante a atual rodada e até mesmo antes da retomada das conversas, na semana que vem.

Presidente dos EUA Barack Obama

© Sputnik/ Vladimir Astapkovich

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As negociações seriam estendidas até sábado, mas a delegação iraniana decidiu partir nesta sexta-feira para permitir que os negociadores, dentre eles o ministro de Relações Exteriores, Javad Zarif, e Hossein Fereydoon, irmão do presidente Hassan Rouhani, participassem do funeral da mãe do presidente.
As declarações de Ryabkov ecoam as de outras autoridades. Segundo elas, Estados Unidos e Irã preparam elementos para um acordo que levará Teerã a cortar 40% do número de centrífugas para o enriquecimento de urânio, material que pode ser usado na fabricação de uma bomba atômica.
Em troca, os iranianos teriam um rápido alívio em algumas das pesadas sanções econômicas impostas ao país e um levantamento parcial do embargo da Organização das Nações Unidas (ONU) a armas convencionais.
O acordo sobre os detalhes do programa de enriquecimento de urânio do Irã pode sinalizar um avanço para um acordo maior, com o objetivo de conter as atividades nucleares do país islâmico. Os lados querem chegar a um pacto amplo até o final de junho.
Em Bruxelas, o presidente francês, François Hollande, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, discutiram o estado das negociações nesta sexta-feira com a chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini.
fonte: Estadão Conteúdo

http://br.sputniknews.com/mundo/20150320/507877.html

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