segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Tráfico de drogas transforma Fortaleza na capital dos assassinatos

 

Em 2013, a capital cearense registrou 82,9 assassinatos por 100 mil habitantes, ultrapassando Maceió.

Luciano Augusto
jornalismo@cearanews7.com.br

Uma reportagem especial, publicada na edição deste domingo (8) do Estado de S. Paulo, comprova uma triste realidade já conhecida pelos moradores da capital do Ceará, e agora revelada para todo o país: o tráfico de drogas insere Fortaleza no top da lista das cidades com o maior número de homicídios.
Entre 2005 e 2013, o índice de homicídios em Fortaleza triplicou. Em 2013, a capital cearense registrou 82,9 assassinatos por 100 mil habitantes, ultrapassando Maceió, que teve 82,8 por 100 mil. Os números foram corrigidos pelo Estadão Dados, para evitar a subnotificaão de mortes violentas ocorridas em alguns Estados.
Vila Velha
O bairro Vila Velha é uma das muitas áreas que contribuíram para que Fortaleza chegasse a essa situação de capital mais violenta do Brasil. "Aqui, os motoqueiros não podem usar capacete, e os carros têm de andar com os vidros abaixados. Se não, os traficantes atiram", revela um policial militar à paisana, que acompanhou a reportagem do Estado na visita ao bairro.
As razões, como acontece em muitos outros lugares, são a disputa por ponto de venda da droga e acertos de contas por dívidas não pagas. Mas, também atinge pessoas inocentes. Em setembro, dois rapazes conversavam na calçada da casa de um deles, às 22 horas, quando um casal de adolescentes chegou numa moto e abriu fogo.
Segundo a polícia, integrantes da gangue dos Gafanhotos confundiram Roberto Nunes, 27 anos, com um traficante da gangue rival V3. Seu vizinho, um estagiário que fazia curso de design, de 19 anos, tentou fugir para dentro de casa, mas foi ferido com dois tiros.
O que diz a Secretaria de Segurança Pública?
O secretário de Segurança Pública do Estado, Delci Teixeira, que assumiu há menos de dois meses, reconhece que "essas taxas de criminalidade são um tanto quanto atípicas", e "traem uma sensação de insegurança na população". Ele diz que o efetivo será aumentado; até abril, sairão da Academia cerca de 1.200 policiais, e a Polícia Civil acaba de abrir um concurso para 3.176 vagas em todos os níveis.

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