sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Planalto mobiliza 5 ministros para tentar conter adesão de siglas a Cunha

 

O governo mobilizou nesta quarta-feira (28/01), cinco ministros para tentar forçar partidos sob ameaça de rebelião a votar no petista Arlindo Chinaglia (SP) na eleição de domingo (1) para a presidência da Câmara dos Deputados.

O almoço a portas fechadas teve o objetivo de barrar a adesão de PP, PR e PRB à candidatura de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) visto como adversário dentro da base aliada.

O encontro desta quarta foi a mais clara mobilização feita pelo governo federal em prol de Chinaglia. Segundo participantes, houve manifestação aos dirigentes dos três partidos que tendem a aderir a Cunha de que o governo irá retaliá-los caso o PT sofra uma derrota no domingo.

PP, PR e PRB têm 91 dos 513 deputados eleitos e comandam, respectivamente, os ministérios da Integração Nacional, com Gilberto Occhi, Transportes, com Antonio Carlos Rodrigues, e Esporte, com George Hilton.

Os dois primeiros ministros foram ao almoço, assim como dirigentes dos partidos.

Os governistas deixaram claro que a fidelidade a Chinaglia, além de afastar retaliações, levaria PP, PR e PRB a escolherem, no caso de vitória do petista, um nome para ocupar a primeira vice-presidência da Câmara, segundo principal cargo da Casa.

O posto estava reservado ao PSD de Gilberto Kassab (Cidades), outro presente ao almoço, mas haverá negociações para realocação.

Além da presidência, serão definidos no domingo os outros 10 cargos da cúpula da Câmara.

Além de Rodrigues, Occhi e Kassab, foram ao almoço Pepe Vargas (Relações Institucionais) e Ricardo Berzoini (Comunicações). Rodrigues e Occhi usaram carros oficiais.

Os ministros negaram na saída que o governo esteja interferindo na disputa. “Não é o governo que está aqui. Somos lideranças políticas, queremos o melhor para o país, queremos estabilidade política”, afirmou Vargas.

“Quem é da base de apoio ao governo deve manter a solidez dessa base. A única razão de não termos um candidato único da base é que algumas pessoas trabalham pela desagregação”, disse Berzoini, ex-presidente do PT, sem citar Cunha.

Com informações da Folha de São Paulo

http://www.cearaagora.com.br/site/2015/01/planalto-mobiliza-5-ministros-para-tentar-conter-adesao-de-siglas-a-cunha/

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