sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Brics planejam agência de classificação de risco

 

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Sinalização para criar uma agência própria de classificação de risco constitui outro passo no sentido de buscar alternativas a organismos e entidades com interesses econômicos distintos dos países em desenvolvimento; há alguns meses, na cúpula do bloco em Fortaleza, já havia sido formalizada a criação do Banco de Desenvolvimento dos Brics, cujo objetivo é funcionar como uma alternativa ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e ao Banco Mundial

30 de Janeiro de 2015 às 05:30

Opera Mundi - O embaixador brasileiro na Rússia, José Vallim Antônio Guerreiro, disse que o grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) discutirá no mês de março a criação de uma agência de classificação de risco própria, para servir de alternativa às "três grandes do Ocidente" (Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch), que dominam o mercado de rating.

"Um grupo de contato sobre assuntos econômicos e comerciais está trabalhando em nível de especialização. A proposta de estabelecer uma agência de rating dentro dos Brics já existe há muito tempo", disse o embaixador brasileiro, em entrevista à agência de notícias russa RIA nesta quarta-feira (28/01).

A sinalização para criar uma agência própria de classificação de risco constitui outro passo no sentido de buscar alternativas a organismos e entidades com interesses econômicos distintos dos países em desenvolvimento. Há alguns meses, na cúpula do bloco em Fortaleza, já havia sido formalizada a criação do Banco de Desenvolvimento dos Brics, cujo objetivo é funcionar como uma alternativa ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e ao Banco Mundial.

“O ponto central é se esses procedimentos incluirão todos os fatores relevantes. Podemos precisar procurar por indicadores alternativos e abordagens amplas para avaliar a 'saúde' das economias”, ressaltou o diplomata.

Desde o surgimento da crise financeira norte-americana em 2008, os Brics reivindicam uma maior transparência das agências classificadoras de risco, criticadas por ter supostamente manipulado dados para esconder o estado real dos investimentos frágeis originados nas potências ocidentais.

Brasil 247

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