quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Talibãs atacaram escola para "partilhar" sofrimento

 

Os talibãs paquistaneses disseram ter atacado, esta terça-feira, a escola para filhos de militares em Peshawar para que o exército sentisse "o sofrimento de ve...

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Os talibãs paquistaneses disseram ter atacado, esta terça-feira, a escola para filhos de militares em Peshawar para que o exército sentisse "o sofrimento de ver um ente querido morto" como os seus combatentes sentem.

Talibãs atacaram escola para

FOTO KHURAM PARVEZ/REUTERS

Maioria das 130 vítimas mortais são alunos da escola

O Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP) declarou ter realizado o ataque, com um balanço de 130 mortos, em represália pela operação militar "Zarb-e-Azb" lançada em junho e ainda em curso contra os seus esconderijos e os dos seus aliados da al-Qaeda no Waziristão do Norte, zona tribal no noroeste junto à fronteira afegã.

O TTP, que junta várias fações islamitas armadas e foi criado em 2007, declarou a "guerra santa" ao governo e ao exército do Paquistão e tinha prometido uma resposta dura à operação que já matou mais de 1600 combatentes rebeldes, segundo os militares.

"Os caças do exército bombardeiam as nossas praças, mulheres e filhos e milhares dos nossos combatentes, membros das suas famílias e próximos foram detidos. Pedimos uma e outra vez que acabassem com isso", declarou à agência France Presse o porta-voz do TTP, Muhammad Khurasani.

Face à intransigência do exército, os talibãs "foram forçados" a lançar o ataque, afirmou num contacto telefónico.

"Fizemo-lo depois de termos sido informados de que os filhos de vários altos responsáveis do exército estudam na escola", adiantou.

"Quisemos fazê-los viver o sofrimento, a que ponto é terrível ver um ente querido ser morto. As suas famílias também devem chorar os seus mortos como nós o fizemos", disse Khurasani.

O TTP disse ainda ter raptado pessoas durante o ataque e reiterou o seu apelo para que terminem as operações militares no Waziristão e na zona tribal de Khyber.

O balanço mais recente do ataque, que já terminou, com a morte de todos os atacantes por forças policiais e militares paquistanesas, coloca o número de mortos em 130, na maioria estudantes.

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