terça-feira, 11 de novembro de 2014

Hipocrisia sem Limites

 

Queda de um muro nascimento de quatro muros

Créditos de imagem: Noir - http://de.wikipedia.org/wiki/Datei:Bethanien06.jpg

Ao comemorar os 25 anos da queda do designado muro de Berlim, não foi por acaso que esta comemoração surgiu, pergunto porque não se comemoraram outras datas, porque os 25 anos e não os 10 ou 15 anos. O essencial, o gato escondido com rabo de fora, mais uma provocação à Rússia, mais uma acha na escaldante guerra fria que já ninguém pode negar que existe. Lembrar velhas feridas, e não fazer apelos e pressões para derrubar o muro dos EUA com o México, Israel com a Palestina ou na península coreana. Os políticos ocidentais ainda não repararam que estão a perder o poder sobre as massas, a corrupção, o descrédito, a ambição descontrolada estão a fazer desaparecer os regimes democráticos que bem ou mal mantiveram a Europa numa fase mais ou menos calma até à interferência dos Estados Unidos e da NATO na ex-Jugoslávia.

Foi a partir desta barbaridade que a Europa perdeu a autonomia política e económica, subjugada ao poder de um império capitalista com sede mais em Wall Street e no Pentágono do que propriamente na Casa Branca. Os falcões pensavam que eram polícias e juízes em causa própria a nível global. Enganaram-se. Esqueceram-se que outros políticos, outros povos aspiravam a ver-se livres do excepcionalismo americano atribuído por eles próprios. Varridos da América do Sul e Caribe, dedicaram-se à piratagem e roubo de petróleo do Norte de África e Médio-Oriente. Assassinatos de presidentes e políticos que se opunham à sua política de terra queimada, genocídios de milhões de civis por eles perpetrados ou por grupos terroristas criados e apoiados para esse fim. O ressurgimento da Rússia na indústria militar, as novas alianças feitas por este país tanto na América Latina e Caribe, como na Ásia e mesmo na Europa, principalmente a aproximação Rússia e China fez perder o estatuto de primeira potência e exclusividade ao império policial. A serpente é sempre mais perigosa ao morrer, de derrota em derrota até ao fim, os EUA ainda num acto de desespero podem fazer muito mal à humanidade. Escrevia ontem um colunista do jornal on-line Rússia Today ou Obama para as provocações ou a guerra com a Rússia e a China é inevitável, mesmo iminente. A ganância dos senhores da América tornou uma democracia num estado policial e racista dentro das suas próprias fronteiras: criação de campos de concentração secretos, ordens para a polícia e o exército matarem primeiro pessoas desarmadas e perguntarem depois. O movimento independentista no Texas e mais quinze estados, o despertar do povo americano em manifestações que nunca existiram neste país, aliados a uma crise sem precedentes desde 1930, aconselham o poder de Whashington a ter mais cautela e a dar mais contributos para a paz mundial.

A União Europeia em cacos

A situação não é melhor no mais fiel aliado dos EUA, A UE pode desfazer-se em várias correntes estratégicas e políticas, os governos do Reino Unido e Hungria com a maioria do povo a seu lado, ameaçam abandonar a união. Os países do sul da Europa regridem para níveis de pobreza do século passado. Na Alemanha o país mais poderoso da Europa Ocidental a chanceler Merkel debate-se com a forte oposição da grande indústria que deseja o fim das sanções à Rússia, pode degenerar em grandes manifestações contra-natura, isto é, patrões e trabalhadores contra o governo, e, obviamente outros países seguirão este exemplo. Os políticos têm de convencer-se que o mundo não pára e a humanidade nunca esteve tão ameaçada como agora.

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