domingo, 16 de novembro de 2014

Economia está sob controle e governo vai rever parâmetros para 2015

 

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, informou ontem que o governo vai encaminhar ao Congresso Nacional até o dia 20 de novembro os novos parâmetros do Orçamento Geral da União para 2015. “Isso será necessário para que os parlamentares possam aprovar um orçamento mais próximo da realidade”, afirmou a ministra, lembrando que a proposta que tramita no Parlamento e prevê o crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2015 e uma inflação de 5% foi elaborada em julho, quando o comportamento da economia era outro. “Isso é natural e legal”, acrescentou.

Miriam Belchior participou de audiência pública na Comissão Mista de Orçamento exatamente para discutir a proposta orçamentária para o próximo ano. Ela afirmou que as despesas do País com pessoal, Previdência Social e dívida pública estão sob controle e que os investimentos do governo em saúde, educação, infraestrutura e programas sociais continuam aumentando. Ela destacou o valor do salário mínimo, que foi fixado em R$ 788,06, representando um reajuste de 8,8%.

A ministra citou ainda que as prioridades do governo são investimentos em obras de infraestrutura, programas sociais e as áreas de saúde e educação. Enfatizou que o setor saúde, por exemplo, contará em 2015 com R$ 109,2 bilhões, um acréscimo de R$ 8,9 bilhões em relação aos recursos deste ano.

Para o Programa de Aceleração do Crescimento, incluindo o Programa “Minha Casa, Minha Vida”, o acréscimo foi de R$ 1,7 bilhão. Neste ano, o setor, que recebeu R$ R$ 63,3 bilhões, contará com R$ 65 bilhões em 2015. O orçamento para as ações de desenvolvimento social e combate à fome teve um aporte de R$ 1,4 bilhão subindo de R$ 31,7 bilhões este ano para R$ 33,1 bilhões em 2015.

Reestimativa de receita – O relator da receita do Orçamento de 2015, deputado Paulo Pimenta (PT-SP), aproveitou a presença da ministra para informar que na próxima semana apresentará seu parecer com a nova reestimativa de receita do governo. “Estamos buscando mecanismos para ampliar a expectativa da receita do governo dentro do cenário econômico atual. Nosso compromisso é o de construir uma proposta que identifique os setores que podem ter uma receita maior em 2015, para aprovarmos aqui proposta melhor e mais ampliada do que a apresentada pelo governo”.

Paulo Pimenta acrescentou que a peça orçamentária apresentada pelo governo Dilma tem uma opção política e fiscal clara. “Foi uma opção para enfrentar a crise mundial com investimentos em infraestrutura, com políticas sociais e com medidas capazes de manter a estabilidade econômica com geração de emprego e renda”.

Revisão da LDO – O deputado Cláudio Puty (PT-PA) defendeu a revisão da LDO-2014, proposta ontem pelo Executivo. A mudança vai permitir ao governo descontar da meta do superávit primário todos os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as desonerações tributárias realizadas com impactos neste ano de 2014. “O superávit é feito para pagar juros da dívida pública, e, como a ministra demostrou aqui, a dívida vem caindo ano a ano, então a nossa economia permite que haja essa redução na meta de superávit”, argumentou.

Cláudio Puty destacou ainda que o superávit é uma medida anticíclica e que deve ser usada também para minimizar os efeitos da crise financeira mundial. “Todas as desonerações feitas pelo governo Dilma foram fundamentais para manter o nível de emprego no País”, afirmou, citando como exemplo a desoneração na folha de pagamento para diversos setores da economia e a ampliação do Simples que beneficiou as micro e pequenas empresas.

Os deputados Amauri Teixeira (PT-BA), Waldenor Pereira (PT-BA) e Reginaldo Lopes (PT-MG) também defenderam o ajuste fiscal com a revisão da LDO-2014.

Fonte: PT na Câmara

Nenhum comentário:

Postar um comentário