quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Referendo na Escócia põe em cheque a posição de Bruxelas sobre a Crimeia

 

Escoceses decidiram na urna se querem se separa do Reino Unido

11/09/2014 9h43

Os países europeus terão que reconhecer o referendo de autodeterminação realizado na Crimeia em março deste ano se declararem válida a consulta popular pela independência da Escócia, segundo declarou na quarta-feira, 10, o chefe interino da península russa, Sergei Aksionov.

Falando a jornalistas, o funcionário ressaltou que, caso o referendo escocês seja reconhecido por Bruxelas, o bloco europeu também deverá reconhecer a Crimeia, “automaticamente e sem qualquer tipo de perguntas ou dúvidas”. Segundo Aksionov, a posição da União Europeia em relação à consulta na Escócia colocará em evidência "o quão longe foi a classe política europeia na aplicação de padrões duplos".

Assim como farão os escoceses, os habitantes da Crimeia usaram o voto popular para decidir o futuro

Ironicamente, ele disse que está ansioso para ver como os governos europeus atuarão se a população escocesa escolher a independência e se perguntou se Bruxelas vai “impor sanções contra a Escócia” ou atacar o país “com tanques". Ao mesmo tempo, chamou a atenção para o fato de que, em relação a um processo similar ocorrido na Crimeia, a Rússia se tornou alvo de tentativas de “humilhação, insultos e restrições” comerciais e financeiras.

Ainda assim, Aksionov defendeu o procedimento de referendo como a única forma legal de realização do direito à autodeterminação dos povos e expressou seu apoio ao evento político escocês, que será realizado no dia 18 de setembro. Se a maioria dos eleitores disser “sim” à separação do Reino Unido, em 24 de março de 2015 a Escócia se tornará um Estado soberano.

A Crimeia, por sua vez, se separou da Ucrânia e se reintegrou à Federação Russa depois de realizar em 16 de março um referendo no qual 96,77% dos habitantes aprovaram a proposta. No entanto, muitos países, incluindo os da União Europeia, se recusaram a reconhecer a validade do referendo. Além disso, Washington, Bruxelas e outras nações ocidentais impuseram sanções contra Moscou após a reintegração da península.

http://www.diariodarussia.com.br/internacional/noticias/2014/09/11/referendo-na-escocia-poe-em-cheque-a-posicao-de-bruxelas-sobre-a-crimeia/

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