terça-feira, 6 de maio de 2014

Ferro lista prejuízos do México com o Nafta e critica projeto de Aécio e Campos

 

Em pronunciamento na Câmara, o deputado Fernando Ferro (PT-PE) destacou recente artigo do economista José Luís Fiori que expõe os prejuízos socioeconômicos que o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta, na sigla em inglês) impôs ao México. Intitulado “A miragem mexicana”, o texto afirma que, na última década, “o modelo mexicano de abertura liberal, integração com os EUA, e livre comércio teve um desempenho extraordinariamente pior do que o do Brasil”.

Ferro lembrou que, durante a era FHC, os tucanos propuseram que o Brasil aderisse à Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), cujo funcionamento era baseado nos princípios do Nafta. “Aqui, no Brasil, no Governo Fernando Henrique Cardoso, foi sugerida a entrada do Brasil na ALCA. Passados mais de 15 anos da Nafta, o que o México apresenta em termos comparativos com o Brasil?”, questiona o parlamentar pernambucano.

“O artigo do José Luís Fiori mostra, por exemplo, que o PIB brasileiro, que no período de 2003 a 2012 cresceu 4,2%, o do México cresceu 2,9%. O crescimento total da economia brasileira foi de 42%, a do México, 29%. As exportações do Brasil cresceram ao ano 6,6%, a do México,5,5%. O crescimento total das nossas exportações passaram de 66%, enquanto o do México ficou com 54%. A renda per capita no Brasil cresceu nesse período 2,8% ao ano e o crescimento total da renda no Brasil foi de 28% contra 14% do México. A participação dos salários na formação do PIB brasileiro subiu para 45%, enquanto a do México fica em 29%. Geramos nesse período 16 milhões de empregos, enquanto o México gerou 3,5 milhões de empregos”, listou Ferro.

“Além disso, os investimentos atraídos pelo Brasil aumentaram de 16,6 bilhões de dólares para 76 bilhões de dólares, enquanto que no México caíram de 23,9 bilhões para 15,6 bilhões. E esse é o dado da realidade que nós tivemos sobre o desempenho da economia brasileira nesse período. Portanto, fica claro para nós que o discurso feito pelos candidatos Aécio Neves e Eduardo Campos, que sinaliza para essa vertente neoliberal de encaminhar para o mercado a solução da vida do País, dá nisso aqui”, afirma Ferro.

Ferro concluiu seu discurso ressaltando as diferenças de projeto político entre o PT e a oposição e defendeu o “legado” dos 11 anos de gestões petistas. “É exatamente a diferença dos projetos políticos que estão em jogo este ano. Ou se continua com projeto de autonomia, de soberania, de crescimento e de inclusão social que nós temos, ou parte-se para um modelo neoliberal que os tucanos querem aplicar: reduzir o Bolsa Família, cortar gastos sociais, desinvestir em políticas sociais para poder suprir os atendimentos de mercado e os condicionantes de mercado, que é quem regem política e ideologicamente o projeto de Aécio Neves e também de Eduardo Campos. Nós estamos muito tranquilos para defender esse legado político e essa caminhada que temos, responsável pela melhoria de vida do povo brasileiro”, encerrou Ferro. 

Fonte: https://br-mg4.mail.yahoo.com/neo/launch?.rand=ck0ih9l4odujt

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