sexta-feira, 23 de agosto de 2013

ONU avalia progresso dos Objetivos do Milênio e pede esforço pelo cumprimento das metas até 2015

 

por Redação da ONU Brasil

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Redução da mortalidade infantil é um dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Foto: Banco Mundial/Nahuel Berger

Em relatório divulgado nesta quarta-feira (21), o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, falou sobre a necessidade de mais esforços para atingir as metas de combate à pobreza, conhecidas como os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). No documento, Ban também falou dos passos fundamentais para consolidar uma agenda de desenvolvimento sustentável universal.

“A busca do planeta pela dignidade, paz, prosperidade, justiça, sustentabilidade e fim da pobreza chegou a um momento de urgência sem precedentes”, diz Ban Ki-moon. O secretário-geral instou a comunidade internacional a tomar “todas as medidas possíveis” para alcançar os ODM antes do prazo estabelecido, fim de 2015.

O relatório, intitulado “Uma vida de dignidade para todos”, faz uma análise dos progressos nas implementações dos ODM e recomendações para o avanço da agenda de desenvolvimento pós-2015.

“A nossa geração é a primeira com os recursos e conhecimento para acabar com a pobreza extrema e colocar nosso planeta em um curso sustentável antes que seja tarde demais”, diz Ban Ki-moon no relatório. “Cumprir os nossos compromissos e promessas sobre os ODM existentes deve permanecer a nossa principal prioridade.”

No documento, Ban fala dos progressos já alcançados e outros que ainda devem ser conquistados pelas metas, firmadas em 2000. Em nível global, a pobreza e a fome foram significativamente reduzidas.Em regiões em desenvolvimento, a proporção de pessoas que vivem com menos de 1,25 dólar por dia caiu mais da metade, de 47% em 1990 para 22% em 2010, com a maioria vivendo em áreas rurais.

No entanto, grande parte deste progresso foi feito em poucos países, principalmente China e Índia. Além disso, mesmo que as metas da pobreza sejam alcançadas, 1,2 bilhão de pessoas ainda vivem em extrema miséria. Por exemplo, apesar do forte crescimento econômico recente e declínio das taxas de pobreza na África Subsaariana, o número de pessoas em condições de escassez de recursos aumenta e a região ainda é vulnerável a choques que podem prejudicar os avanços.

A meta de reduzir para metade a porcentagem de pessoas que sofrem de fome até 2015 está perto do alcance. A proporção de pessoas subnutridas nas regiões em desenvolvimento caiu de 23,2% no período de 1990 a 1992 para 14,9% em 2010-2012. No entanto, uma em cada oito pessoas permanece cronicamente subnutrida e uma em cada quatro crianças sofre de atrofia do crescimento por causa da desnutrição.

Ban citou algumas estratégias bem-sucedidas, como a junção do crescimento econômico e políticas de redistribuição de renda que foram importantes para o desenvolvimento na América Latina e África.

Também foram comentadas as reformas no setor agrícola no leste asiático, que tiraram centenas de milhões da pobreza, e os programas na Ásia e América Latina que combinaram aumento na produção e distribuição de alimentos com educação nutricional e distribuição de terra. As inciativas foram importantes na redução da mortalidade infantil e melhora da saúde materna.

Ban também falou de ações para acelerar o progresso dos ODM até 2015 e de tópicos importantes na agenda pós-2015. Entre as prioridades da nova agenda estão o combate à desigualdade e exclusão, empoderamento de mulheres e meninas, educação e saúde de qualidade, combate às mudanças climáticas, aumento da contribuição positiva dos migrantes e os desafios da urbanização.

O relatório levou em conta as opiniões de mais de 1 milhão de pessoas questionadas sobre as suas principais preocupações, através de uma série de consultas a nível mundial. Incorporou informações do Painel de Alto Nível de Ban Ki-moon sobre Agenda para o Desenvolvimento pós-2015, do Pacto Global da ONU, das Comissões Regionais das Nações Unidas, da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável e outras partes interessadas da sociedade civil.

* Publicado originalmente no site ONU Brasil.

(ONU Brasil)

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