sexta-feira, 3 de maio de 2013

José Airton registra em plenário artigo sobre violência no Brasil e no Ceará

 

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O deputado José Airton (PT-CE) registrou em plenário nesta semana o artigo publicado no último domingo (28), na Coluna do jornalista Fábio Campos, do jornal O Povo, com o título “No Ceará, mata-se mais que no conflito Israel/Egito”. “Trago a esta tribuna artigo sobre a violência que estamos vivendo no Brasil, particularmente no Ceará. Trata-se de um trabalho muito bem elaborado do nosso jornalista Fábio Campos. Cabe uma grande reflexão sobre a nossa realidade no Brasil e no Ceará”, disse o deputado.
Segundo o artigo do colunista Fábio Campos, o problema da violência no Brasil e, particularmente, no estado deixou de ser uma epidemia para se tornar uma pandemia. Ele explica que epidemia é surto eventual; a pandemia é um problema estrutural e mais difícil de cuidar. “A violência está incorporada ao nosso cotidiano”.
“A violência tem-nos trazido um problema grave no estado. Para se ter ideia, segundo o artigo, 12 pessoas em média morreram no Ceará todos os dias, em 2012, sendo dez delas em função de homicídios dolosos, e duas em função de acidentes de motos. No total, 4.452 mortos em apenas um ano de nossa guerra cotidiana. Em 2013, esses números são ainda maiores”, lamentou José Airton.
Ainda segundo o artigo do colunista, a notícia de 12 mortos por dengue daria dias e dias de manchetes, e a mídia nacional seria atraída pelo tema. Muitas reportagens e vários especialistas a conceder suas opiniões. No entanto, 12 é usualmente a quantidade de pessoas assassinadas a cada fim de semana somente em Fortaleza. No Mapa da Violência 2010: a média anual de mortes por homicídio no País supera o número de vítimas de enfrentamentos armados no mundo. Entre 2004 e 2007, 169.5 mil pessoas morreram, nos 12 maiores conflitos mundiais. No Brasil, o número de mortes por homicídio nesse mesmo período foi 192,8 mil.
“No Ceará, foram 3.565 homicídios dolosos em 2012. Comparemos com algumas guerras. A guerra civil da Nicarágua durou sete anos (19725-79). Ao todo, morreram 30 mil pessoas, ou seja, 4.286 mortes por ano. A guerra entre Israel e Egito (1967-1970) tirou a vida de 6.400 pessoas, uma média de 2.133 mortos por ano, menos da metade dos assassinados no Ceará em 2012. A Guerra das Malvinas, entre a Inglaterra e a Argentina, durou um ano e tirou a vida de duas mil pessoas, quase todos soldados. É quase a metade da guerra cearense de cada ano. A terrível guerra civil do Camboja, que durou 18 anos (1979-97), matou 1.338 pessoas por ano, quase 3 vezes menos que a do Ceará de 2012. Basta.”

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