quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Luizianne diz que não aceitará interferências de Cid Gomes na sucessão do PT

 

Publicado: 21 de fevereiro de 2013 às 6:25 | Autor: Eliomar de Lima | Categoria(s): Ceará, Política

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“Diante de contexto diferente do que havia deixado antes de sair de férias, a ex-prefeita Luizianne Lins volta hoje a Fortaleza afirmando que irá representar a maioria do PT como presidente estadual do partido. Na sua ausência, o PT estadual reafirmou a aliança com o PSB, contrariando as articulações dela e de seus aliados para impedir isso. “Temos muitíssimas críticas ao Governo Estadual. Vou amadurecer esse debate interno no partido, conversar com os companheiros. Vou avaliar essa circunstância para saber quais são os próximos passos a dar”, contou ao O POVO, na primeira entrevista desde que se licenciou da direção partidária.

Ao regressar, Luizianne deve convocar reunião da Executiva estadual já para a próxima segunda-feira, 25. Na pauta, o futuro do partido no Estado, a organização do seminário local sobre 10 anos de PT no Governo Federal e as atividades de formação de prefeitos e vereadores do Interior. “Tanto Lula, quanto Dilma solicitaram que eu permanecesse na presidência do partido. Lula disse que era importante eu estar na formação de prefeitos. O apelo partiu deles”, disse, de São Paulo, para onde foi acompanhar ato de comemoração à década de PT no governo.

Assim, Luizianne deve permanecer no cargo até novembro, quando haverá o Processo de Eleição Direta (PED) para renovar as direções. Caso a conjuntura política continue, ela não será candidata, e seus planos envolvem prosseguir estudos de pós-graduação que havia interrompido por conta da Prefeitura.

Sob risco de isolamento, Luizianne vê o PT cearense cada vez mais ligado aos Gomes. Não apenas os secretários petistas dentro do Estado ou a manutenção da aliança referendada, mas também a futura direção pode eventualmente ser administrada por figura que nasce da bênção do governador: o presidente do Sine/IDT, Francisco de Assis Diniz, se disse candidato ao cargo, vinculado ao grupo do deputado federal José Guimarães, entusiasta da aliança cidista. “Mais uma vez o governador quer meter o bedelho onde não é chamado. Agora quer dizer quem é o próximo presidente do PT. Já chega de interferência do governador dentro do PT”, pontua. Para ela, o Campo Majoritário, corrente interna, poderia apresentar outros candidatos como o presidente estadual interino, Joaquim Cartaxo, ou ainda Guimarães.”

(O POVO)

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