sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Lua de Saturno pode abrigar forma exótica de vida

O GLOBO (Email)

Publicado:9/01/13 - 14h12

exótica de vida, conclui estudo

Cientistas concluem que o satélite Titã tem gelo de etano e metano em condições semelhantes a do início da vida na Terra

 

<br />Ilustração sobre como os blocos de gelo de hidrocarbonetos flutuam sobre lagos do mesmo composto orgânico no satélite Titã, de Saturno. Um novo modelo de cientistas da da missão Cassini, da Nasa, sugere que aglomerados de metano-etano ricos em gelo (os cachos de cor clara) poderiam flutuar sob algumas condições<br />Foto: Nasa

Ilustração sobre como os blocos de gelo de hidrocarbonetos flutuam sobre lagos do mesmo composto orgânico no satélite Titã, de Saturno. Um novo modelo de cientistas da da missão Cassini, da NASA, sugere que aglomerados de metano-etano ricos em gelo (os cachos de cor clara) poderiam flutuar sob algumas condições NASA

EUA- Cientistas da NASA concluíram que na superfície de uma das luas de Saturno, a Titã, existem icebergs de hidrocarbonetos flutuando sobre lagos e mares feitos dos mesmos compostos orgânicos. O modelo teórico, feito por meio de informações da sonda Cassin, é mais uma prova que Titã pode ser hoje um retrato semelhante da Terra há bilhões de anos. Tais evidências aumentam as expectativas de que o satélite de Saturno pode abrigar alguma forma exótica de vida.

Jonathan Lunine, coautor do trabalho e cientista da Universidade de Cornwell, de Nova York, disse que a descoberta dos blocos de gelo de hidrocarbonetos mostra que há variação química entre o sólido e o líquido em Titã que, na infância da Terra, foi condição importante para o surgimento da vida.

Titã é o único corpo celeste além da Terra no nosso Sistema Solar que contém corpos em estado líquido com estabilidade em sua superfície. Mas, enquanto na Terra há o ciclo da água, com chuva e evaporação, em Titã o ciclo envolve etano e metano, dois compostos orgânicos que fizeram parte da grande sopa de elementos químicos de onde surgiu as primeiras formas de vida na Terra.

Até a descoberta, cientistas da missão Cassini tinham a conclusão de que os lagos de Titã não teriam gelo, porque o metano sólido é mais denso que o líquido e, portanto, afundaria. Mas neste novo modelo, é considerada a interação entre o lago e a atmosfera do satélite, o que resulta em diferentes reações químicas, com a ação de gás de nitrogênio e mudanças de temperatura. Deste modo, o gelo de etano e metano apareceria com uma temperatura de -182,75 Cº, mas desde que esse composto se misturasse pelo menos 5% com a atmosfera de Titã. Trata-se de uma condição frágil porque, de acordo com o estudo, caso a temperatura baixasse um pouco mais, o gelo afundaria. Estima-se que a aparência deste composto de gelo não seja sem cor, como na Terra, mas algo como um marrom avermelhado.

O radar da sonda Cassini será capaz de testar o modelo proposto pelo estudo ao observar como a luz se reflete na superfície desses lagos e mares de hidrocarbonetos. Se o tempo ficar mais quente e o gelo derreter, por exemplo, a superfície do lago seria de apenas líquida e teria uma aparência mais escura.

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