quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Hospital pode fechar as portas em Quixadá

 

Uma triste notícia foi dada pela direção do Hospital Maternidade Jesus Maria José, localizado na cidade de Quixadá, única emergência pediátrica do Sertão Central. A unidade hospitalar poderá ser desativada, definitivamente, por falta de recursos. “A real situação financeira do hospital é de calamidade”, disse o diretor geral, Marciano de Sousa Silva, durante encontro da CIR (Comissão Intergestores Regional) dos municípios que compõem a 8ª CRES (Banabuiú, Choró, Ibaretama, Ibicuitinga, Quixadá, Quixeramobim, Milhã, Pedra Branca, Senador Pompeu e Solonópole).
Sem acordo, a instituição acumula uma dívida milionária no valor de R$ 2, 3 milhões, quantia esta que, mensalmente, cresce no montante de R$ 130 mil, de acordo com a administração do hospital. A instituição conta com mais de 70 anos de serviços prestados à população regional.

SENSIBILIZAÇÃO
Mesmo sabendo da grave situação, a maioria dos prefeitos da região parece não estar preocupada com tal fato. A direção busca sensibilizar os prefeitos a cumprirem acordos firmados com a instituição, pois, além da maioria não honrar com os acordos, poucos compareceram a uma reunião em busca de salvar o setor pediátrico.
Para a citada reunião, eram esperados dez prefeitos, mas somente os prefeitos de Quixadá, Rômulo Carneiro; Choró, Antônio Mendes; Solonópole, Dr. Walterno, e de Ibicuitinga, Deca, marcaram presença. Os de Quixeramobim, Milhã, Senador Pompeu, Banabuiú, Ibaretama e Pedra Branca não compareceram.
Marciano de Sousa justifica que as glosas de procedimentos em decorrência de uma PPI (Programação Pactuada e Integrada) defasada, somado ao baixo valor pago pela tabela de procedimentos do SUS (Sistema Único de Saúde) e os constantes atrasos nos repasses financeiros à instituição, via Prefeitura Municipal de Quixadá, são os grandes responsáveis pela atual situação financeira do HMJMJ.

AMEAÇA
Conforme a direção do Hospital, se nenhuma atitude for tomada, a Emergência Pediátrica será fechada a partir de 31 deste mês, por falta de recursos para manter o serviço, imprescindível para região. Por outro lado, o renomado médico dr. Mesquita, informou da impossibilidade do HMJMJ continuar a realizar procedimentos de pequena cirurgia, uma vez que a instituição não tem perfil nem estrutura física para estes procedimentos, de caráter ambulatorial, tendo em vista a missão do Hospital que é atuar de forma resolutiva e humanizada na área hospitalar (internação).


Penso eu - Este não é o primeiro nem o único caso. Há fatos incríveis que este blog está coletando para provar a canalhice que há por trás de certos comportamentos que objetivam fechar e "tomar" hospitais no interior por bandidinhos da política. De passagem sem ir mais fundo, pra não perder minha pauta, posso e vou contar casos imorais de fatos palpáveis, legítimos, documentais, de Senador Pompeu, Ipu, Juazeiro e outros. E até adianto - Um prefeito bandido propôs a um diretor presidente de um hospital, que repassaria o dinheiro que a Prefeitura devia (e deve) ao hospital, se ele, o diretor, demitisse uma certa funcionária. O diretor, até onde podia ir sua integridade moral, não demitiu a servidora. Ficou sem o dinheiro , mas não demitiu. O Diretor então foi à instancia judicial que fez a ele a seguinte sugestão: Mas doutor, o senhor deveria ter demitido a funcionária, recebido o dinheiro e depois recontrata-la. Não há como conviver com bandidos assim. Esta será uma das histórias que levantei com nomes, sobrenomes, cargos e CPFs.

Postado porpompeumacarioàs

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