Uma triste notícia foi dada pela direção do Hospital Maternidade Jesus Maria José, localizado na cidade de Quixadá, única emergência pediátrica do Sertão Central. A unidade hospitalar poderá ser desativada, definitivamente, por falta de recursos. “A real situação financeira do hospital é de calamidade”, disse o diretor geral, Marciano de Sousa Silva, durante encontro da CIR (Comissão Intergestores Regional) dos municípios que compõem a 8ª CRES (Banabuiú, Choró, Ibaretama, Ibicuitinga, Quixadá, Quixeramobim, Milhã, Pedra Branca, Senador Pompeu e Solonópole).
Sem acordo, a instituição acumula uma dívida milionária no valor de R$ 2, 3 milhões, quantia esta que, mensalmente, cresce no montante de R$ 130 mil, de acordo com a administração do hospital. A instituição conta com mais de 70 anos de serviços prestados à população regional.
SENSIBILIZAÇÃO
Mesmo sabendo da grave situação, a maioria dos prefeitos da região parece não estar preocupada com tal fato. A direção busca sensibilizar os prefeitos a cumprirem acordos firmados com a instituição, pois, além da maioria não honrar com os acordos, poucos compareceram a uma reunião em busca de salvar o setor pediátrico.
Para a citada reunião, eram esperados dez prefeitos, mas somente os prefeitos de Quixadá, Rômulo Carneiro; Choró, Antônio Mendes; Solonópole, Dr. Walterno, e de Ibicuitinga, Deca, marcaram presença. Os de Quixeramobim, Milhã, Senador Pompeu, Banabuiú, Ibaretama e Pedra Branca não compareceram.
Marciano de Sousa justifica que as glosas de procedimentos em decorrência de uma PPI (Programação Pactuada e Integrada) defasada, somado ao baixo valor pago pela tabela de procedimentos do SUS (Sistema Único de Saúde) e os constantes atrasos nos repasses financeiros à instituição, via Prefeitura Municipal de Quixadá, são os grandes responsáveis pela atual situação financeira do HMJMJ.
AMEAÇA
Conforme a direção do Hospital, se nenhuma atitude for tomada, a Emergência Pediátrica será fechada a partir de 31 deste mês, por falta de recursos para manter o serviço, imprescindível para região. Por outro lado, o renomado médico dr. Mesquita, informou da impossibilidade do HMJMJ continuar a realizar procedimentos de pequena cirurgia, uma vez que a instituição não tem perfil nem estrutura física para estes procedimentos, de caráter ambulatorial, tendo em vista a missão do Hospital que é atuar de forma resolutiva e humanizada na área hospitalar (internação).
Penso eu - Este não é o primeiro nem o único caso. Há fatos incríveis que este blog está coletando para provar a canalhice que há por trás de certos comportamentos que objetivam fechar e "tomar" hospitais no interior por bandidinhos da política. De passagem sem ir mais fundo, pra não perder minha pauta, posso e vou contar casos imorais de fatos palpáveis, legítimos, documentais, de Senador Pompeu, Ipu, Juazeiro e outros. E até adianto - Um prefeito bandido propôs a um diretor presidente de um hospital, que repassaria o dinheiro que a Prefeitura devia (e deve) ao hospital, se ele, o diretor, demitisse uma certa funcionária. O diretor, até onde podia ir sua integridade moral, não demitiu a servidora. Ficou sem o dinheiro , mas não demitiu. O Diretor então foi à instancia judicial que fez a ele a seguinte sugestão: Mas doutor, o senhor deveria ter demitido a funcionária, recebido o dinheiro e depois recontrata-la. Não há como conviver com bandidos assim. Esta será uma das histórias que levantei com nomes, sobrenomes, cargos e CPFs.
Postado porpompeumacarioàs
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