quarta-feira, 11 de abril de 2012

Maia e Sarney acertam criação de CPI mista sobre Cachoeira

 

 

O chefe de bingo brasileiro Carlos Augusto Ramos, conhecido como "Carlinhos Cachoeira", chega à Polícia Federal para testemunhar sobre um esc6andalo de corrupção em Brasília, 1º de março de 2004. REUTERS/Jamil Bittar

O chefe de bingo brasileiro Carlos Augusto Ramos, conhecido como "Carlinhos Cachoeira", …

 

BRASÍLIA, 10 Abr (Reuters) - Os presidentes da Câmara, Marco Maia (PT-RS), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), concordaram nesta terça-feira com a criação de uma CPI mista para investigar denúncias de vinculações políticas de parlamentares com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de comandar uma rede de jogos ilegais.
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Maia reuniu-se com Sarney e ambos avaliaram que a melhor solução seria uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), com integrantes da Câmara e do Senado. Para eles, "não há por que haver uma CPI na Câmara e uma CPI no Senado".

"Nós conversamos sobre a CPI e fechamos um entendimento, eu e o presidente José Sarney, de que melhor será a construção e a constituição de uma CPI mista", disse Maia a jornalistas.

"Mas o senador Sarney vai conversar ainda com os líderes do Senado, eu vou conversar também com os líderes da Câmara, para que se possa construir uma redação única para a constituição da CPI e daí colher assinaturas na Câmara e no Senado."

Cachoeira, preso desde fevereiro pela Polícia Federal, teria ligações com parlamentares como os deputados Carlos Leréia (PSDB-GO) e Sandes Júnior (PP-GO) e o senador Demóstenes Torres (sem partido -GO), segundo informações divulgadas na imprensa.

Antes da reunião com Sarney, o presidente da Câmara disse que haveria assinaturas suficientes na Casa para a instalação de CPI. O regimento determina o mínimo de 171 assinaturas de deputados para criar uma comissão de inquérito. No Senado, a exigência é de 27 assinaturas.

A bancada do PT no Senado tem defendido que senadores tenham acesso aos autos do processo, o que seria possível por meio de uma CPI, depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter negado acesso aos autos de inquérito sobre o tema à corregedoria e ao Conselho de Ética da Casa.

A criação da comissão tem sido apoiada, inclusive, por partidos da oposição, como o PSDB.

(Reportagem de Maria Carolina Marcello)

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