quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

LHC vai aumentar a potência para achar o bosão de Higgs até ao fim do ano

 

Em 2010 e 2011 os feixes de protões estavam a colidir com energias de 3,5 TeV

Em 2010 e 2011 os feixes de protões estavam a colidir com energias de 3,5 TeV (Fabrice Coffrini/Reuters (arquivo))

O Grande Acelerador de Hadrões vai aumentar a potência, anunciou nesta segunda-feira o Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN). Este aumento da energia, nas colisões de feixes de protões, tornará mais fácil a detecção do bosão de Higgs, a partícula que, segundo as teorias da física, permite explicar como as partículas fundamentais adquirem massa.

Durante os últimos dois anos, os feixes de protões estavam a colidir com energias de 3,5 tera electrovolts (TeV), a energia que resultava do choque chegava aos sete TeV. Agora a energia vai ser aumentada para quatro TeV.
Múltiplas partículas podem ser produzidas durante estes choques, embora com probabilidades diferentes de serem detectadas. O bosão de Higgs é uma delas, mas até agora nunca foi encontrado - embora alguns indícios muito interessantes da sua existência tenham sido revelados recentemente.
Pode ser que o Higgs tenha um valor de massa entre entre 124 e 126 GeV/c2 - é para tentar validar esse indício que o CERN vai tentar reforçar a potência do seu acelerador durante 2012, antes da paragem programada de aproximadamente 20 meses. A pausa servirá para fazer uma actualização dos sistemas.
Só em 2014 começará a funcionar com a máxima potência prevista no desenho da máquina, de 7 TeV/feixe. Quando voltar a funcionar, o LHC irá produzir feixes na ordem dos 7 TeV, se tudo correr bem. Por isso, até à paragem é o tudo por tudo.
Desde 2008, aquando a inauguração do LHC (sigla em inglês de grande acelerador de hadrões), que os cientistas andam à procura do bosão. Ao aumentar a energia do feixe em 0,5 TeV, os cientistas vão conseguir colisões na ordem dos oito TeV, o que aumenta em 30 a 40% a probabilidade de se produzirem bosões de Higgs durante as colisões, facilitando assim a detecção destas partículas, explica a revista American Scientist.
O acelerador, um túnel circular que fica a 100 metros de profundidade debaixo da Terra, situado na região fronteiriça da França com a Suíça, vai parar a sua actividade no final de 2012. "Na altura em que o LHC fizer a sua primeira grande paragem no final deste ano, saberemos se existe um bosão de Higgs ou se excluímos o bosão de Higgs previsto pelo Modelo Padrão," disse Sergio Bertolucci, sirector de investigação do CERN, citado num comunicado.
"De qualquer forma, teremos um enorme avanço no nosso entendimento da Natureza, aproximando-nos da compreensão de como é que as partículas fundamentais adquirem a sua massa, e iniciaremos um novo capítulo da física de partículas", concluíu Bertolucci.
Notícia revista

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