quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Dilma assina acordos para ampliar parceria com Cuba

 

A presidenta

 

Dilma Rousseff assinou ontem uma série de acordos bilaterais com Cuba. A proposta é ampliar parcerias em projetos científicos e tecnológicos nas áreas de agricultura, ciências, saúde e turismo.

Na avaliação do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), que integra a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, os acordos bilaterais são sempre bem-vindos, já que existe uma troca de experiências entre os países e “todos saem ganhando”. “A tendência é intensificarmos os acordos bilaterais. Só no ano passado, o comércio entre o Brasil e Cuba envolveu 642 milhões de dólares”, ressaltou Rosinha.

Os cubanos vão ter apoio do Brasil para avançar na produção agrícola e para expandir a rede pública de atendimento à saúde. A intenção é aproveitar a experiência dos cientistas brasileiros para capacitar especialistas em novos processos tecnológicos desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), como o combate às pragas que atingem várias culturas, em especial, a soja e o pimentão.

O incentivo ao turismo é outra parceria das autoridades brasileiras e cubanas. Os acordos bilaterais têm o objetivo de estimular a competitividade entre as empresas aéreas, melhorando, por exemplo, os preços e a qualidade dos serviços oferecidos aos consumidores.

Na saúde, as parcerias definem o apoio brasileiro à qualificação da prestação de serviços odontológicos e o fortalecimento da Rede Cubana de Bancos de Leite Humano. Os acordos bilaterais visam a intensificar também as pesquisas ao combate e ao tratamento do câncer e o monitoramento do controle da qualidade de medicamentos em Cuba e no Brasil.

Direitos humanos – Dr. Rosinha criticou, no entanto, “as cobranças indevidas” da oposição para que a presidenta Dilma abordasse a questão dos direitos humanos em Havana, capital cubana, e não se concentrasse nas oportunidades geradas pela abertura econômica do país caribenho.

“Precisamos separar a visita da presidenta das questões político-partidárias. Muita gente não entende isso. Trata-se de uma visita de chefe de Estado a outro chefe de Estado”, sustentou Rosinha.

O deputado ressaltou ainda a importância do Brasil, como liderança da América Latina, de “fazer o debate e romper o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba, único país socialista das Américas, desde 1962”.

O deputado Fernando Ferro (PT-PE), que integra o Grupo Parlamentar Brasil-Cuba, questionou os discursos da oposição, especialmente do PSDB e do DEN, em favor dos direitos humanos em Cuba. “A pauta de direitos humanos da oposição é muito seletiva e cínica. Eles não citam a pena de morte nos Estados Unidos, as torturas que acontecem na prisão ilegal de Guantánamo, os massacres no Afeganistão e no Iraque, entre outros casos. Cuba é um exemplo de autonomia e soberania, e o que acontece lá merece ser respeitado pelo seu significado histórico, pela resistência do povo cubano às tentativas dos Estados Unidos de derrubarem a revolução, que inspira muito aquilo que está acontecendo hoje em diversos países da América Latina, como Brasil, Equador, Bolívia, Venezuela e outros”, declarou Ferro.

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