domingo, 29 de maio de 2011

AMÉRICA DO SUL – Equador

 

Lema: Dios, pátria y libertad

O Equador, oficialmente República do Equador é um país da América do Sul, limitado a norte pela Colômbia, a leste e sul pelo Peru e a oeste pelo Oceano Pacífico. É um dos dois países da América do Sul que não fazem fronteiras com o Brasil, além do Chile. Além do território continental, o Equador possui também as ilhas Galápagos, a cerca de 960 km do território continental, sendo o mais próximo daquelas ilhas. Seu território de 256 370 km² é cortado ao meio pela Linha do Equador. Sua população é de 13.810.000 hab (65º.). A sua capital é Quito, todavia a maior cidade e a mais importante economicamente é Guayaquil.

O nome Equador vem do substantivo comum equador, do espanhol ecuador, um dos círculos máximos da Terra, que atravessa o país em toda a sua extensão; daí a atribuição do nome, ocorrida entre 1830 e 1832, quando o país se separou da Grande Colômbia, em espanhol Gran Colombia.

Período pré-colombiano e colonização - Culturas indígenas avançadas floresceram no Equador mesmo antes de a região ser conquistada pelo Império Inca do século XV. Em 1534, chegaram os espanhóis que, derrotando os exércitos incas, iniciaram a colonização européia. Nas primeiras décadas de dominação espanhola a população indígena foi dizimada pelo contágio de doenças às quais os nativos não eram imunes, tempo em que os nativos também foram forçados ao trabalho para os proprietários de terras espanhóis no sistema de trabalho de encomienda. Em 1563, a cidade de Quito foi elevada à categoria de distrito administrativo da monarquia espanhola

Independência - Em 1822 forças locais se organizaram e derrotaram o exército monarquista se unindo à "Gran Colômbia", república fundada por Simón Bolívar, da qual só veio a separar-se no dia 13 de maio de 1830. A República do Equador é um dos três países que emergiram do colapso da "Grã-Colômbia" em 1830 (os outros são a Colômbia e a Venezuela).

O século XIX foi marcado por instabilidades, com rápidos movimentos políticos e institucionais. O conservador Gabriel García Moreno unificou o país nos anos de 1860 com o apoio da Igreja católica.

Com o aumento da demanda mundial de cacau, desde o início de 1800, produziu-se uma migração dos altiplanos em direção à fronteira agrícola da costa do Pacífico.

Entre 1904 e 1942, o Equador perdeu territórios em uma série de conflitos com seus vizinhos.

Em 1941, um conflito territorial entre o Equador e o Peru conduziu as partes ao "Protocolo do Rio de Janeiro" homologado em 29 de janeiro de 1942, estabelecendo fronteiras provisórias. O estado de guerra perdurou entre os dois países até 26 de outubro de 1998, quando os presidentes Jamil Mahuad (do Equador) e Alberto Fujimori (do Peru) assinaram o acordo denominado "Ata Brasília", pelo qual o Peru concedeu um quilômetro quadrado de seu território no lugar chamado "Tiwintza", onde 14 soldados do Equador haviam sido sepultados.

Ambos os países assinaram ainda tratados de comércio e acordos de navegação pelos quais o Equador tem o direito de navegação irrestrita pelo Rio Amazonas.

Período após a Segunda Guerra Mundial - Depois da Segunda Guerra Mundial, a recuperação do mercado agrícola e o crescimento da indústria da banana ajudaram a restabelecer a prosperidade e paz política. De 1948 a 1960, três presidentes, iniciando por Galo Praça Laço, foram eleitos livremente e completaram seus mandatos.

Num ambiente em que quase toda a América do Sul foi palco de golpes militares, o retorno de políticas populistas provocou inquietações que foram motivo de intervenções militares domésticas nos anos sessenta, época em que a descoberta de petróleo atraiu companhias estrangeiras e foi fundada a "Amazônia Equatoriana".

Em 1972, um golpe militar derrubou o regime de José María Velasco Ibarra passando a utilizar a riqueza do petróleo e empréstimos estrangeiros para custear um programa de industrialização, reforma agrária, e subsídios para consumidores urbanos.

Com o desvanecimento de ciclo econômico do petróleo, o Equador voltou a democracia em 1979, sob o primeiro presidente da Constituição equatoriana de 1979, Jaime Roldós Aguilera, candidato de uma grande frente partidária, a "Concentração de Forças Populares" ou "CFP" que obteve expressiva vitória sobre Sixto Durán Ballén do Partido Cristão Social "(PSC)".

Depois de uma discordância de liderança com Asaad Bucaram, o líder de então do CFP, Roldós, deixou a coligação para fundar com sua esposa um partido próprio denominado "Mudança e Democracia" levando consigo grande número de partidários. Com isto, o PCD, se tornou o terceiro partido em importância política .

Em 1981 ocorreu novo episódio de conflito de fronteira com o Peru, na região de Paquisha, com algumas recorrências posteriores.

Ao final de 1981 o vice-presidente Osvaldo Hurtado Larrea do partido Democracia Popular "DP" sucedeu o presidente Roldós depois que este morreu num acidente aéreo na selva amazônica.

Devido à pressão econômica da guerra sobre o mercado (particularmente do petróleo), o governo de Osvaldo Hurtado enfrentou uma crise econômica crônica em 1982, com crescente inflação, déficits de orçamento com efeitos desvalorizadores da moeda, acúmulo do serviço da dívida e parque industrial não competitivo.

Em 1984 as eleições presidenciais foram vencidas por León Febres Cordero Rivadeneira do PSC por estreita margem de votos. Durante os primeiros anos da sua administração dele, Febres Cordero orientou sua política econômica para o livre-mercado, fortaleceu o combate à produção de drogas e terrorismo, no que foi auxiliado pelos Estados Unidos da América.

Seu mandato foi prejudicado por disputas políticas dentro do governo e pelo seu breve sequestro por elementos do exército. Em março de 1987 um terremoto devastador suspendeu a exportação de petróleo piorando assim os problemas econômicos do país.

Em 1988 Rodrigo Borja Cevallos do partido da Esquerda Democrática "ID" elegeu-se presidente, concorrendo contra Abdalá Bucaram do "POR". Sua proposta era de melhorar a proteção de direitos humanos e levou a cabo algumas reformas, notavelmente uma abertura de Equador para comércio estrangeiro. O governo de Borja concluiu também um acordo com o pequeno grupo terrorista "Alfaro Vive, Carajo" porém a continuidade de problemas econômicos no país acabou arruinando sua popularidade, permitindo que a oposição obtivesse maioria no Congresso de 1990.

Em 1992, Sixto Durán Ballén ganhou sua terceira concorrência para a presidência da república. As medidas de ajuste de macroeconômicas duras que ele impôs eram impopulares, mas obtiveram sucesso mediante iniciativas de modernização do Congresso. O vice-presidente de Durán Ballén, Alberto Dahík, foi o arquiteto das políticas econômicas de administração, mas em 1995, Dahík fugiu o país para evitar processo por corrupção impulsionado pela ferrenha oposição. Uma guerra com o Peru (chamada Guerra de Cenepa, na área do rio com este nome) estourou em janeiro e fevereiro de 1995 em função de atrito sobre as fronteiras estabelecidas em 1942 e foi solucionada através do Protocolo de Rio.

Período recente - Abdalá Bucaram, do POR, foi eleito presidente em 1996 com uma plataforma populista prometendo reformas econômicas e sociais e o rompimento do que chamou de poder da oligarquia nacional. Durante o seu curto mandato, a administração de Bucaram criticou a corrupção sendo deposto em 1997 pelo Congresso sob alegação de incompetência mental, sendo nomeado em seu lugar o presidente interino Fabián Alarcón, então Presidente de Congresso e líder do pequeno partido Frente de Alfarista Radical "FRA".

Em maio de 1997 a presidência interina de Alarcón foi endossada por um referendo popular. Durante a presidência de Alarcón, foi escrita a nova Constituição do país (1979) que só entrou em vigor no dia 5 de junho de 1998, depois das eleições presidenciais e de membros do Congresso de 31 de maio de 1988.

Como nenhum candidato à presidência obteve maioria, no dia 12 de julho de 1998 seguiu-se uma eleição de segundo turno entre os dois candidatos mais votados, o prefeito de Quito Jamil Mahuad do "DP" e Álvaro Noboa Pontón do Partido Cristão Social. Mahuad foi eleito por uma estreita margem de votos assumindo o cargo no dia 10 de agosto de 1998, mesmo dia em que a nova Constituição do Equador entrou em vigor.

Mahuad concluiu um acordo de paz com o Peru em 26 de outubro de 1998, mas com as crescentes dificuldades econômicas, fiscais e financeiras do país, a sua popularidade foi diminuindo até quando, inesperadamente, substituiu a moeda corrente indígena, o sucre (homenagem póstuma de um herói venezuelano na guerra revolucionária contra a Espanha), obsoleto, pelo dólar norte-americano (política monetária chamada de dolarização).

Esta reforma monetária causou grave desassossego nas classes de baixo poder aquisitivo que tentava converter seus sucres em dólar com muita perda no câmbio, enquanto as classes mais abastadas, que já possuíam grandes volumes desta moeda e já faziam negócios com ela, capitalizaram grandes lucros.

Nas manifestações populares de grupos indígenas de 21 de janeiro de 2000 em Quito, o exército e a polícia se recusaram reprimir os manifestantes e em seguida a Assembleia Nacional Constituinte, num golpe de estado semelhante aos muitos já ocorridos no Equador, instituiu uma junta de tripartite para intervir na administração do país.

Oficiais militares graduados declararam seu apoio à intervenção e, durante uma noite de confusão, depois de fracassarem as conversações, o presidente Mahuad foi forçado a fugir do palácio presidencial, encarregando, por decreto, o seu Vice-presidente Gustavo Noboa como responsável pela administração.

Na manhã seguinte, Mahuad endossou Noboa como seu sucessor por uma rede nacional de televisão e o triunvirato militar, que efetivamente já dirigia o país, também o endossou.

Assim, na reunião de emergência do mesmo dia 22 de janeiro, em Guayaquil, o Congresso do Equador ratificou Noboa como Presidente da República.

A política de dolarização ainda permaneceu sob a liderança de Noboa. Embora a dolarização tenha mitigado seus efeitos e iniciado uma ligeira melhoria sobre a economia, o governo de Noboa foi acusado pela manutenção da dolarização e descuido com problemas sociais e outros assuntos importantes da política Equatoriana.

Em 15 de janeiro de 2003, o Coronel aposentado Lúcio Gutiérrez, membro da junta militar que subverteu presidente Jamil Mahuad em 2000, assumiu a presidência do Equador com uma plataforma de combate à corrupção. O partido de Gutiérrez, tendo poucos assentos no Congresso, o força a negociar com outros partidos para mudar a legislação, já tendo ensaiado algumas reformas econômicas.

Lucio Gutiérrez deixou o poder em 2005 diante da falta de apoio das Forças Armadas e no meio de fortes protestos, o que conduziu a que seu vice-presidente, Alfredo Palacio, assumisse a presidência. Nas eleições seguintes, Rafael Corrêa foi eleito e assumiu o cargo em 15 de janeiro de 2007, sendo o atual presidente do país tendo como vice-presidente Lenín Moreno.

Em 28 de setembro de 2008 foi adotada uma nova Constituição.

Geografia - O Equador é um dos menores países da América do Sul e, com o Chile, o único que não partilha fronteira com o Brasil. A paisagem é dominada pelos Andes, que atravessam o centro do país no sentido norte-sul, com altitudes que chegam aos 6310 m no Chimborazo (praticamente no centro do país). A leste dos Andes, cerca de um quarto do território está integrado na bacia amazônica, e a oeste estende-se uma das mais extensas planícies costeiras da costa sul-americana do Pacífico

A capital, Quito, localiza-se nos Andes e não é a maior cidade do país. Esse título cabe a Guayaquil, um porto de mar no golfo de Guayaquil, no sudoeste.

O clima varia com a altitude, sendo tropical no litoral e na Amazônia e tornando-se cada vez mais frio à medida que a altitude aumenta, nos Andes.

O Equador também possui o arquipélago das Galápagos (Ilhas Galápagos) situado a cerca de 1000 km ao oeste do continente.

No Equador se distinguem fundamentalmente quatro zonas:

A Costa: faz parte do "Chocó biogeográfico". Localiza-se ao oeste do país, é região plana e fértil de escassa altitude. Nesta zona encontra-se a maior cidade do Equador: Guayaquil.

A Serra: corresponde à parte equatoriana dos Andes, divide de norte a sul o país em duas partes. De grande altitude, com alguns picos com mais de 6000 metros, possui também vários vulcões ainda ativos como o Tungurahua. Sobre a cordilheira andina assentam-se algumas das mais importantes cidades equatorianas: sua capital Quito, Cuenca, Ambato, Riobamba, Loja, etc.

O Oriente: ao leste do Equador encontra-se uma parte da floresta Amazônica. De clima úmido e quente.

Ilhas Galápagos.

Parques nacionais

Parque Binacional El Cóndor

Parque Nacional Cajas

Parque Nacional Cotopaxi-El Boliche

Parque Nacional Cuyabeno

Parque Nacional Galápagos

Parque Nacional Ilinizas

Parque Nacional Llanganates

Parque Nacional Machalilla

Parque Nacional Sangay

Parque Nacional Sumaco-Napo-Galeras

Parque Nacional Podocarpus

Cidades mais populosas do Equador

Guaiaquil – 2.306.479 hab.

Quito – 2.151.993 hab.

Cuenca – 405.772 hab.

Santo Domingo – 291.325 hab.

Machala – 269.351 hab.

Religião - Aproximadamente 75% dos equatorianos são católicos romanos. As outras religiões perfazem 25% da população.

Política - O Equador é uma república presidencialista unitária. Segundo a constituição de 1979, o presidente e o vice-presidente são eleitos por voto popular direto e secreto para um período de quatro anos. Não é permitida a reeleição para um segundo mandato. O presidente escolhe seus ministros e governadores das províncias.

Subdivisões - O Equador se divide geograficamente em 4 regiões: Serra, Costa, Amazônica e Insular. Política e administrativamente o Equador se divide em 24 províncias, que, por sua vez, estão subdivididas em 219 cantões. Os cantões estão divididos em paróquias, que são classificadas em paróquias urbanas e paróquias rurais.

Economia - O Equador tem importantes reservas de petróleo que respondem por cerca de 40% das exportações do país e por 1/3 das receitas do governo há vários anos. Consequentemente, flutuações no preço desta commodity afetam significativamente a economia do país. No final da década de 1990 o país sofreu sua pior crise, quando desastres naturais que coincidiram com quedas no preço do barril de petróleo levaram o país ao colapso econômico.

A economia melhorou quando Gustavo Noboa, que assumiu a presidência do país em janeiro de 2000, foi capaz de fazer passar reformas económicas substanciais e de melhorar as relações com as instituições financeiras internacionais. Noboa promoveu a substituição da moeda do país, o sucre, pelo dólar americano em março de 2000.

No dia 15 de janeiro de 2007, posse do atual presidente Rafael Correa, foi convocado um referendo para mudanças constitucionais que podem afetar a economia do Equador e revisar o pagamento da dívida externa. Recentemente no ano de 2008, o atual presidente Correa questionou uma divida financiado pelo BNDES- Banco Nacional de Desenvolvimento do Brasil em 2000 para a construção da Usina Hidrelétrica de San Francisco em território equatoriano. Correa questionou o fato de o empréstimo ter sido direcionado diretamente a construtora brasileira Odebrecht, mas "legalmente" aparecer como dívida do Equador com o Brasil. Com uma potência prevista de 230 megawatts e com capacidade de abastecer 12% de energia do Equador, a central San Francisco foi construída pelo Consórcio Odebrecht - Alstom - Vatech (empresas européias) e inaugurada em junho de 2007.

História monetária - O Equador adotou, quando de sua independência o real (designação de moeda adotada em várias nações sul-americanas). No século XX foi criado o sucre, que homenageava o libertador Antonio José de Sucre (1795-1830).

A grande inflação, o descrédito da moeda local decorrente de frequentes desvalorizações e medidas econômicas desencontradas por governos sucessivos, levou a população a adotar informalmente o dólar como forma de assegurar minimamente o poder de compra - e a substituição oficial pela moeda norte-americana finalmente ocorreu após a crise da década de 90, sendo o sucre apenas utilizado como unidade fracionada.

Educação - A educação no Equador é gratuita e obrigatória até completarem o "nível básico de educação", dos 5 aos 14 anos. Os custos da educação primária e secundária são pagos pelo governo, mas as famílias normalmente possuem despesas adicionais como taxas e custos de transporte. As provisões das escolas públicas estão a um nível bem menor do que o necessário, e em 2000 os recursos continuaram a diminuir, tanto em termos reais como na proporção do produto interno bruto. O tamanho das turmas normalmente é bem grande.

Cultura - A cultura do Equador é tão diversificada quanto as paisagens do país. A maioria da população é mestiça de europeus principalmente espanhóis com ameríndios, e a cultura equatoriana é também uma mistura destas duas fontes, incluindo também a cultura dos escravos trazidos da África. Cerca de 65% dos equatorianos é de católicos romanos. O Equador pode ser dividido geograficamente em três partes: a Costa, a Sierra montanhas e El Oriente (o leste, com a região amazônica). As Ilhas Galápagos, também conhecidas localmente como Archipiélago de Colón também pertencem ao Equador. El Oriente é marcado pela floresta equatorial, a sierra pelas montanhas dos Andes, e a costa por terras baixas que são bastante férteis e usadas para agricultura. Os incas cultivavam uma grande variedade de espécies de milho, com os quais faziam diversos tipos de farinhas e massas, utilizando-os também para fazer uma bebida chamada de chicha que era consumida em grandes quantidades. A comida inca consistia principalmente de vegetais, pães, bolos e mingaus de cereais (notadamente de milho ou aveia), e carne (assados ou guizados), comumente de caititus (porcos selvagens) e de lhama.

Entre os personagens famosos nascidos no Equador, se incluem os pintores Enrique Tábara, Oswaldo Guayasamín, Eduardo Kingman, Bolívar Mena Franco, Felix Aráuz e Juan Villafuerte; o poeta e estadista José Joaquín de Olmedo; o poeta, filósofo y ensaísta Iván Carvajal Aguirre; o erudito Benjamin Urrutia; o tenista Pancho Segura; e o marchista olímpico Jefferson Pérez. A música varia em pop latino e dança de salão.

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