quinta-feira, 10 de março de 2011

Sarkozy e Cameron pedem saída imediata de Kadafi

(Reuters) -

O regime de Muammar Kadafi perdeu sua legitimidade e deve abdicar para que a violência na Líbia seja contida, disseram na quinta-feira o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron.

Em carta remetida por eles ao presidente do Conselho da União Européia, Herman von Rompuy, os dois cobraram medidas de apoio à rebelião Líbia, inclusive com a imposição de uma zona de exclusão aérea no país.

"Está claro para nós que o regime (da Líbia) perdeu qualquer legitimidade que pudesse ter", diz a carta. "Para acabar com o sofrimento do povo líbio, Muammar Kadafi e o seu grupo devem sair."

Eles propuseram também que os governos europeus reconheçam a autoridade do Conselho Nacional criado pelos rebeldes líbios - algo que a França fez na quinta-feira. "Precisamos mandar um sinal político claro de que consideramos o Conselho como uma contraparte política viável e uma voz importante para o povo líbio neste momento", diz a carta.

Sarkozy deve apresentar na sexta-feira à União Européia em Bruxelas um plano concreto para lidar com a crise Líbia. Fontes partidárias disseram que um ataque militar às forças de Kadafi não estaria descartado.

O Conselho de Segurança da ONU está dividido sobre a possibilidade de autorizar uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, o que impediria Kadafi de usar sua aviação para bombardear posições rebeldes. Autoridades dos EUA dizem que para impor essa medida seria preciso bombardear as defesas antiaéreas do governo líbio.

Os líderes britânico e francês também pediram à comunidade internacional que imponha um embargo de armas à Líbia.

"Pedimos a todos os países que cumpram totalmente o embargo armamentista, incluindo o material para mercenários armados", disseram os dois governantes na carta, que delineou sete pontos a serem levantados na reunião européia de sexta-feira.

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