sexta-feira, 4 de março de 2011

Mercado interno garante maior crescimento do PIB em 24 anos

Dilma e Mantega: otimismo e compromisso com o crescimento

    A soma dos bens e serviços produzidos no Brasil em 2010 cresceu 7,5%, em comparação com 2009, e alcançou R$ 3,675 trilhões, informou ontem o IBGE. Foi o maior crescimento do Produto Interno Bruto em duas décadas e meia.

    “Pibão? Foi bom”, resumiu inicialmente a presidente Dilma Rousseff, provocada pelos jornalistas logo após a divulgação dos dados. Mais tarde, em entrevista, classificou o resultado como bastante razoável.

    “Eu esperava que o crescimento fosse elevado. Sabíamos que seria um número acima de 7%. Então, 7,5% é um número bastante razoável. Acho que devemos saudar. Agora, vamos sempre procurar uma taxa bastante razoável de crescimento, de 4,5% a 5%, que seja sustentável e permanente. Obviamente esperamos que o mundo não crie turbulências ou marolas”, afirmou Dilma.

    A presidenta também destacou a importância do controle da inflação para garantir o crescimento do país.

    “Quando a gente investe se cria condições para que o país se expanda. Estamos fazendo agora uma consolidação fiscal, porque para nós o controle da inflação é umas das questões mais importantes. Não vamos deixar a inflação ficar fora de controle. Com um olho vamos olhar para a estabilidade e com o outro para a ampliação do investimento”.

CONSUMO SOBE HÁ SETE ANOS

Em 2010, calculou o IBGE, a indústria cresceu 10,1% – a maior taxa em 15 anos – com destaque para os segmentos de extração mineral e construção civil; a agropecuária teve expansão de 6,5%, por influência do aumento da produção de várias culturas importantes, e o setor de serviços cresceu 5,4% puxado pelas atividades de intermediação financeira e seguros. O investimento aumentou 21,8%.

    O consumo das famílias, impulsionado pela expansão do crédito, do emprego e da renda, avançou pelo sétimo ano consecutivo e fechou 2010 com crescimento de 7% – o maior desde 1996. Por fim, o consumo do governo cresceu 3,3%. Se o PIB fosse medido apenas pela influência do mercado interno, o crescimento teria sido de 10,3%.

    Agora, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, estima que a economia deverá acelerar-se no segundo semestre e que a inflação não irá subir.

    “A boa notícia é que a inflação já está desacelerando. Olhem os índices. Eles mostram com clareza que em fevereiro a inflação de alimentos caiu fortemente. E também as de transporte e de educação, porque as mensalidades aumentam no começo do ano e depois ficam estabilizadas”.

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