terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Começa hoje a primeira reunião do Copom do ano

Expectativa de analistas é que ocorra um aperto elevando a taxa de 10,75% para 11,25%

Começa nesta terça-feira (17) a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, formado por especialistas de mercado, para definir o futuro da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 10,75% ao ano. A expectativa de analistas é que ocorra um aperto de meio ponto percentual, elevando para o patamar de 11,25% ao ano.

O motivo é o ritmo intenso na aceleração dos preços dos alimentos e serviços, que ocorre desde o segundo semestre do ano passado. Mesmo com as medidas recentes do Banco Central,  como a retirada de R$ 61 bilhões do mercado – no final do ano passado – o crédito continua em expansão no país e a inadimplência começa a crescer.

Aliado a isso, historicamente o mês de janeiro é um período de maior aceleração nos preços, já que ocorrem os reajustes na matrícula escolar, na alimentação fora de casa e nos transportes coletivos.

A perspectiva de especialistas, é que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor, a inflação oficial usada pelo governo) feche em fevereiro no maior nível em 12 meses. No ano passado, o indicador fechou em 5,9% - ainda dentro da meta estabelecida do governo, de 4,5%, com oscilação de dois pontos para cima ou para baixo.

O próprio BC, em seu mais recente Relatório de Inflação, divulgado no fim de dezembro, afirmou que "desvios em relação à meta" sugerem a necessidade de aumentar a Selic.

A provável alta fará o Brasil ficar ainda mais atrativo para os investidores internacionais, porque aumentará a já enorme diferença entre os juros aqui dentro e no exterior. A Selic é a mais alta taxa básica do mundo, tanto em termos reais (cálculo que desconta a inflação) quanto nominais. Nos países desenvolvidos, os juros estão próximos de zero.

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