terça-feira, 2 de novembro de 2010

Asteróide criaria superburaco na camada de ozônio

Um modelo criado pelo Instituto de Ciência Planetária de Tucson, no Arizona, Estados Unidos, indica que, se um asteróide de tamanho médio (entre 500 m e 1 km de diâmetro) atingisse um oceano na Terra, o resultado seria um buraco na camada de ozônio maior do que aquele que foi descoberto sobre o Pólo Sul. As informações são do site da revista New Scientist.
Segundo o modelo gerado em computador, além de um tsunami, o asteróide levaria a uma grande evaporação de água que, aliada ao sal do mar, danificariam a camada de ozônio, o que aumentaria a níveis alarmantes a radiação ultravioleta, maiores do que o ser humano suportaria.
De acordo com o site, já foram descobertos 818 asteróides relativamente próximos a Terra e que tem pelo menos 1 km de diâmetro, mas as chances de impacto com o nosso planeta são minúsculas. Contudo, as descobertas constantes desses corpos indicam que existem muitos outros que ainda não vimos e não sabemos as chances deles nos atingirem.
Durante o experimento, o time simulou o que ocorreria se um asteróide de 1 km de largura atingisse o mar a 18 km/s, em um ângulo de 45° no hemisfério norte. A quantidade de água – tanto em forma líquida como em vapor – que seria jogada na atmosfera pelo impacto seria de 42 trilhões de kg, o suficiente para encher 16 milhões de piscinas olímpicas.
Na atmosfera, a água e compostos contendo clorina e bromina, resultantes dos sais do mar vaporizados, destruiriam o ozônio muito mais rapidamente que a quantidade que é criada naturalmente.
Algumas simulações indicavam, inclusive, que o enfraquecimento da camada ocorreria em todo o planeta. No pior dos casos, o gás chegaria a apenas 30% dos níveis normais nas regiões mais críticas.
Além dos problemas diretos causados à saúde humana pela radiação solar (é só lembrarmos que, com o nível normal, o sol já queima nossa pele no verão), o aumento dos raios ultravioleta também danificaria plantas e afetaria, portanto, a produção de comida.
O estudo, segundo a reportagem, pode levar a outras pesquisas para a prevenção de eventos catastróficos, como o estudo de plantas que resistem mais aos raios UV.
O resultado não seria muito melhor se o asteróide atingisse o continente. Já se sabe que ele certamente criaria uma espessa nuvem de poeira que impediria o crescimento de plantas. Mas agora a equipe trabalha em um modelo do impacto em terra seca – e como este afetaria a atmosfera – para saber com mais detalhes o que poderia acontecer e como poderíamos antecipar ações para evitar maiores danos.

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