domingo, 17 de outubro de 2010

PSOL decide se posicionar contra a candidatura do PSDB no segundo turno

Em reunião da executiva do partido realizada na última sexta-feira, em São Paulo, o PSOL decidiu se posicionar contra o candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra. A legenda definiu como “opções legítimas” para a militância o voto nulo ou o “voto crítico” na candidata petista, Dilma Rousseff. A deliberação foi aprovada com 13 votos favoráveis, 2 contrários e 2 abstenções.

Para o partido, a candidatura tucana representa “o retrocesso a uma ofensiva neoliberal, de direita e conservadora no país”. O PSOL acusa, inclusive, a coligação de Serra de introduzir uma pauta conservadora nas eleições, “querendo reduzir o debate a temas religiosos e falsos moralismos, bloqueando assim os grandes temas de interesse”.

Essa pauta leva, segundo o partido, a candidatura do PT a abrir mão de “pontos progressivos de seu programa”, adotando uma postura mais conservadora. O PSOL lembra, no entanto, que não apóia formalmente Dilma, pelo fato de a candidata ter se recusado “sistematicamente” a assumir compromissos com temas prioritários para o partido.

Desse modo, a sigla afirma que não importa qual será o próximo governo, assumirá a posição de “oposição de esquerda”. “Defendendo a seguinte agenda: auditoria da dívida pública, mudança da política econômica, prioridade para saúde e educação, redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, defesa do meio ambiente, defesa dos direitos humanos”.

O candidato a Presidência da República pelo PSOL, Plínio Sampaio, foi o quarto colocado no primeiro turno das eleições presidenciais, com 0,87% dos votos e obteve a preferência de 886.816 eleitores.
PT paulista pede investigação sobre Serra e Paulo Preto
A bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo entrou com uma representação no Ministério Público pedindo que sejam investigados o ex-governador José Serra, o engenheiro Paulo Vieira de Souza (Paulo Preto), ex-diretor da Dersa, o atual e o ex-presidente da empresa, que constrói e administra rodovias no estado.

As denúncias de tráfico de influência, desvio de dinheiro público e improbidade administrativa endossam a representação que os deputados petistas encaminharam à Procuradoria Geral de Justiça de São Paulo.

“Trata-se de uma trajetória repleta de episódios nebulosos, inclusive uma prisão em flagrante por receptação de jóia roubada”, disse o líder da Bancada do PT, Antônio Mentor, em referência a Paulo Vieira de Souza, acusado até pela cúpula do próprio PSDB de ter fugido com R$ 4 milhões arrecadados para a campanha eleitoral tucana.

Antes de sair da Dersa, no final de 2009, Preto foi ainda acusado de favorecimento na indicação da própria filha, a advogada Priscila Arana de Souza Zahran, para o Escritório Edgard Leite Advogados Associados, que defende a Dersa e as mesmas construtoras que deveriam ser fiscalizadas pela estatal, no Tribunal de Contas da União e Tribunal de Contas do Estado.

Deputado eleito e presidente do PT Estadual, Edinho Silva, destacou o acesso a informações privilegiadas que a advogada tinha, ao atuar em um escritório que atendia empreiteiras fiscalizadas por se próprio pai. “É evidente o conflito de interesses”, explicou Edinho.

As empreiteiras atendidas pelo escritório onde trabalha a filha do ex-presidente da Dersa atuaram nas principais obras viárias do Estado, como o Rodoanel, a Nova Marginal e a extensão da Avenida Jacu-Pêssego. Paulo Vieira de Souza era o responsável, por exemplo, por autorizar o pagamento a estas empreiteiras.

“O contrato mais emblemático refere-se à extensão da Avenida Jacu-Pêssego. Nós, da Bancada do PT, fomos até a Dersa, por causa das desapropriações que a obra iria provocar. Paulo Preto foi acintoso, violento e ameaçador”, relatou o deputado Adriano Diogo.

O estilo do 'tocador de obras' do ex-governador José Serra também aparece nas festas que ele promove. “A festa de aniversário que ele realizou em março de 2009, na Casa das Caldeiras, custou R$ 1 milhão, e teve direito até a camelos e odaliscas”, denunciou o líder da Bancada do PT.

A representação dos deputados petistas também pede à Procuradoria investigação sobre o atual presidente da estatal, José Max Reis Alves, que já integrava a diretoria da DERSA na gestão de Paulo Vieira de Souza e foi acusado de participar do Esquema PC Farias, a máfia que atuou durante o Governo Collor, no início da década de 90.

Esta é a segunda representação que a Bancada do PT envia à Justiça sobre o 'caso Paulo Preto'. O primeiro pedido de investigação, formulado em maio de 2009, está vinculado à Operação Castelo de Areia da Polícia Federal. “Estive reunido na semana passada com o Procurador (Fernando Grella Vieira) e o caso tramita em segredo de Justiça”, explicou o deputado Antônio Mentor.

No último final de semana, o ex-governador e atual candidato à Presidência da República, José Serra, tentou negar as relações com o engenheiro Paulo Preto. “Eu não sei quem é Paulo Preto”, disse Serra ao ser perguntado sobre Paulo Vieira de Souza. Mas, no dia 12 de outubro, Serra saiu em defesa do ex-presidente da Dersa e disse que ele é inocente e também que já foi eleito o Engenheiro do Ano.

A representação da Bancada do PT pede a instauração de um inquérito civil público para apurar os indícios de irregularidades. Mais informações no site: http://www.ptalesp.org.br .
Prefeito acusado de morte de auditores fiscais participa de ato pró-Serra com carro oficial

O ato promovido na quinta-feira (14) em Belo Horizonte pelo ex-governador Aécio Neves em apoio ao tucano José Serra contou até com a presença do prefeito de Unaí, o empresário tucano Antério Mânica, que responde na Justiça por homicídio qualificado contra três auditores fiscais e um motorista do Ministério do Trabalho, em 2004. Ele, como outros prefeitos, usaram carro oficial para participar do evento, o que é irregular. No entendimento do Ministério Público Estadual (MPE) de Minas, o uso de bem público em atos de campanha é considerado irregular, já que há gasto de verba para custear combustível, o dia de trabalho do motorista particular e o desgaste do veículo oficial.

Ida e volta, Mânica vai percorrer mais de 1.200 quilômetros no carro da prefeitura, um Ford Fusion dourado com placa HMN-6529. O prefeito tucano participou de todo evento. Ao final, ele saiu tranquilamente conversando no celular rumo à Rua Goiás, onde o veículo havia sido estacionado pelo motorista particular da prefeitura da cidade.

“Só dei uma passadinha rápida por aqui. Mais cedo, participei de duas audiências. A primeira foi para levar R$ 3 milhões para a cidade e a outra para conseguir um terreno próprio para uma universidade. O motivo principal da minha viagem foi esse e não a campanha”, declarou sorridente, com um boton de Serra pregado na camisa.

O deputado André Vargas (PT-PR), secretário de Comunicação do PT, qualificou o ato em Belo Horizonte como mais uma demonstração da “prepotência tucana, que além de usar a máquina pública para um evento de caráter eleitoral, ainda conta com a presença de um prefeito acusado de envolvimento na morte de funcionários públicos que cumpriam seu dever. Esse caso deve ser apurado rigorosamente pelo Ministério Público”.

Fachada - O ato foi promovido sob a fachada da Associação Mineira de Municípios (AMM). Um numeroso grupo de prefeitos viajou na quinta-feira (14) de carro oficial do município até Belo Horizonte para participar do primeiro ato de campanha do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, na reta final das eleições.

Além da eminente encrenca judicial, o evento organizado pela AMM causou revolta entre os apoiadores da campanha da candidata do PT, Dilma Rousseff. Como se trata de uma entidade municipalista que, em tese, deveria ter uma postura apartidária, os petistas exigem o mesmo tratamento dispensado aos tucanos.

Indiferentes à irregularidade e à disputa provocada, o que se viu na Associação Médica de Minas Gerais, na Avenida João Pinheiro, local onde foi realizado o evento pró-Serra, foi um verdadeiro desfile de prefeitos em confortáveis carrões de luxo. Segundo a organização, 273 prefeitos assinaram a lista de presença.

Teve prefeito que aproveitou para levar a tiracolo correligionários, amigos e até familiares. Antes mesmo de ser indagados, eles já tinham uma justificativa na ponta da língua para apresentar. A maioria absoluta argumentou que o deslocamento até a capital se deu em função de “compromissos oficiais” agendados anteriormente e que, por pura coincidência, ocorreu no mesmo dia do ato de campanha do presidenciável tucano.

Localizada na Zona da Mata, o prefeito da cidade de Iracitaba, Antônio Carlos Neves de Melo (PSDB), foi um dos que não viajou sozinho. Ele levou a irmã, Maria Aparecida, que ocupa o cargo de secretária de Educação. “Vim participar do evento, mas antes nós passamos na secretária estadual de educação para resolver alguns pepinos”, sustentou o prefeito.

Em pouco mais de uma hora, a reportagem flagrou os veículos das prefeituras de Francisco Dumont, Gouveia, Santa Cruz de Minas, Santana da Vargem, Lagamar, Itabirinha, Pratinha, Gonzaga, Carlos Chagas, Brumadinho, Carmópolis de Minas, Cachoeira de Minas, Cruzeiro da Fortaleza, Pedra Bonita e Lagoa da Prata. Lula quer militância nas ruas nas semanas finais da campanha presidencial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu empenho da militância do partido nas ruas nas duas últimas semanas de campanha, durante reunião na última sexta-feira com integrantes da coordenação da campanha da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff.

“Conversamos sobre a necessidade de colocar o bloco na rua. Já estamos fazendo isso. Temos feito reuniões com vereadores, deputados eleitos, prefeitos. Estamos num processo de chamamento. Numa eleição disputada como essa, a militância do PT faz a diferença”, disse o presidente do PT, José Eduardo Dutra, após deixar a reunião.

Ficou definido ainda que nos próximos dias a campanha de Dilma irá se concentrar nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraná. A candidata também poderá ir ao Amazonas, Ceará, Bahia e Pernambuco.
Infra-estrutura terá investimento superior a R$ 1 trilhão até 2016

Segundo maior canteiro de obras do mundo, atrás apenas da China, o Brasil vai movimentar R$ 1,22 trilhão até 2016 em mais de 9.500 projetos, nessa mega reforma para dar conta das demandas de infra-estrutura mais urgentes ao país. Esse impulso levará a economia a estabelecer uma relação entre investimentos e o Produto Interno Bruto (PIB), em média, de 6,5% nos próximos cinco anos — a melhor taxa já verificada na história brasileira, segundo pesquisa encomendada pela Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema).

Só no período do milagre econômico, na década de 1970, o Brasil atingiu um patamar próximo deste, chegando a 5,6%. Fora isso, essa relação entre PIB e investimentos em infra-estrutura chegou a atingir o fundo do poço em 1994, com 1,8%. “A relação entre investimentos em infra-estrutura e PIB é a melhor para verificar como um país tem se preparado para crescer e competir externamente e esse aumento previsto para os próximos anos é muito importante neste momento”, comenta o presidente da Sobratema, Mário Humberto Marques.

Desenvolvimento - Segundo avaliação do líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro (PE), "esse é o debate que devemos fazer e mostrar para a população brasileira: o de que criamos um rumo de desenvolvimento que modificou o Brasil e que não pode ser interrompido. Os tucanos, por outro lado, são adeptos da política de pisar no freio, travar a economia e o crescimento, de desmontar o Estado", afirmou.

Ferro destacou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudou esse modelo e praticamente dobrou a relação PIB e o investimento de infra-estrutura desde a era FHC. "Isso é que deve ser reconhecido. Hoje temos as condições dadas econômicas para dar o grande salto de crescimento. Já os tucanos apenas torceram pelo fracasso", disse.

O líder do PT lembrou que, no final de 2009, o atual candidato à presidência pelo PSDB, José Serra, afirmou que as eleições de 2010 ocorreriam sob a sombra de uma grande crise no país. "Eles (PSDB) torceram pelo fracasso do Brasil achando que assim ganhariam a eleição. Eles erraram redondamente. Na verdade, o que se vê hoje é um país crescendo mais do que 7%, um aumento de poder aquisitivo da população e investimentos maciços, principalmente em infra-estrutura. E com a Copa do Mundo e as Olimpíadas, teremos outras oportunidades que irão consolidar esse atual cenário de canteiro de obras do país", afirmou.

Infra-estrutura - Essa possibilidade de crescimento, porém, talvez não tire o Brasil da crítica situação em que se encontra, no 17? lugar entre os países do G20 no tocante a gastos com infra-estrutura. Um cálculo paralelo desenvolvido pelo professor Paulo Resende, da Fundação Dom Cabral, aponta que o país precisa investir, em média, cerca de R$ 55 bilhões ao ano (US$ 30,2 bilhões) nos próximos dez anos para suprir as necessidades de infra-estrutura urgentes.

“A análise dos vários setores mostra que a desigualdade em infra-estrutura no Brasil soma negativos e isso é perda de competitividade na certa”, comenta Resende. “Mas o Brasil é uma das grandes fronteiras para o investimento privado e isso é muito promissor”, acrescentou.

“É por isso que temos tantas construtoras e empreiteiras chegando do mundo todo para o Brasil. As maiores oportunidades na área de construção estão nos países do Bric”, diz Yoshio Kawakami, presidente da Volvo Construction. Aliás, na comparação com os países do Bric (Brasil, Rússia, ?Índia e China), ele pondera que a condição brasileira de desembolsos em infra-estrutura não é tão ruim. “Essas nações apresentam ritmo acelerado de desenvolvimento e, nos próximos cinco anos, deverão chegar a percentuais de crescimento de investimento para esta área que vão variar entre 80% e 90%, ao contrário da trajetória que deve ser verificada nos Estados Unidos, Japão, Alemanha e Espanha”, afirmou.

Segundo o executivo, até o ano passado o Brasil apresentava taxas menores de investimento que os outros países do grupo, mas as projeções indicam reversão dessa trajetória. “Depois de suprir as demandas mais urgentes em infra-estrutura, o Brasil poderá investir com mais força em questões sociais — um movimento que já se verifica nos países mais desenvolvidos” acrescenta Kawakami.

Na pesquisa da Sobratema, a área de combustíveis (que inclui os projetos do pré-sal) lidera os investimentos, com 46,5% do total. “Esse projeto (do pré-sal) traz uma grande oportunidade para o desenvolvimento e para a engenharia da indústria nacional”, defende Mauro Hayashi, gerente de planejamento da Petrobras.
Governo Lula promove crescimento da renda e emprego na construção civil

A construção civil vive um momento de forte crescimento, puxada pelas medidas de estímulos adotadas pelo governo Lula. Os impactos sobre o nível de emprego e a renda dos operários que trabalham no ramo são bastante positivos, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) realizada pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) em parceria com instituições e governos estaduais.

O levantamento, realizado em sete regiões (Distrito Federal e regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo), indica que a ocupação na construção cresceu 1,3% no primeiro semestre deste ano, o que significou a incorporação de 13 mil pessoas ao total de empregados do ramo em relação ao segundo semestre de 2009.

Com isso, nas sete regiões estudadas, a indústria da construção passou a contabilizar 1.229 mil trabalhadores, entre empregados com e sem registro na carteira de trabalho, autônomos ou conta própria, empregadores e profissionais liberais. Na comparação com o primeiro semestre de 2009, o crescimento da ocupação no conjunto das regiões chega a 12,2%, sinalizando um acréscimo de 134 mil ocupados no ramo.

De janeiro a junho de 2010, somente a Região Metropolitana de São Paulo assinalou decréscimo do rendimento médio real dos trabalhadores do setor (-3%). Nas demais, embora com intensidade diferenciada, a remuneração dos operários da construção aumentou: 10,7% em Recife, 10,6% no Distrito Federal, 9,1% em Belo Horizonte, 8,8% em Salvador, 6,9% em Fortaleza e 1,5% em Porto Alegre.

Mesmo após a queda, São Paulo se manteve como o estado onde o rendimento médio dos trabalhadores da categoria é mais elevado (R$ 1.151), ao passo que Recife é a região onde a renda desses operários é a menor das regiões pesquisadas (R$ 536). Já em relação ao primeiro semestre de 2009, a única região metropolitana onde houve queda nos rendimentos do setor foi a de Belo Horizonte, com recuo de 5,9%.

Os técnicos do Dieese atribuem a boa performance do ramo, que é um dos principais carros-chefe do crescimento econômico atual, à política do governo para recuperar os investimentos, ampliar o acesso ao crédito3 e prorrogar a isenção do Imposto sobre Produto Industrializado – IPI para material de construção até dezembro de 2010. Tudo isto foi concretizado principalmente a partir do segundo semestre de 2005.

Neste sentido, cumpre também destacar o programa Minha Casa, Minha Vida e as obras para viabilizar a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. O contraste com o governo FHC é marcante, pois a filosofia neoliberal dos tucanos resultou na redução dos investimentos, escassez do crédito e falta de democracia na definição dos rumos da construção. O desempenho do ramo, em termos de produção e emprego, foi medíocre, o déficit habitacional aumentou e o quadro só começou no governo Lula.
Dia dos Professores: Petistas advertem para retrocesso tucano e lembram confronto

Na data em que se comemora do Dia dos Professores (15 de outubro), parlamentares da bancada petista na Câmara advertiram a população brasileira para o descaso com o qual o candidato tucano à presidência da República, José Serra (PSDB), tratou os professores quando era governador de São Paulo. Os parlamentares lembraram os confrontos ocorridos durante a gestão de Serra, quando os professores foram recebidos a bala de borracha, quando tentavam chegar à sede do governo paulista para negociar melhorias salariais.

A ação movida na justiça por cinco governadores tucanos contra o piso salarial nacional da categoria e o decreto assinado por Fernando Henrique Cardoso (FHC), proibindo a criação de novas escolas públicas de ensino tecnológico e profissionalizante no Brasil, também foram temas lembrados por petistas que atuam na Comissão de Educação da Câmara . “O Serra representa o retrocesso para a educação brasileira. A população sabe como os tucanos trabalharam para desmontar a educação brasileira e não vai se esquecer disso nas urnas”, alertou a deputada Maria do Rosário (PT-RS), ao afirmar que o candidato tucano não tem compromisso com o piso salarial dos professores aprovado no governo Lula, fruto de uma reivindicação histórica da categoria.

“Hoje, temos um pacto nacional entre governos federal, estadual e municipal, em parceria com a sociedade, em prol da educação. No governo Lula criamos as bases para a educação pública de qualidade, desde a creche à pós graduação”, acrescentou Rosário. A petista mencionou ainda o engessamento do Sistema S (Senai, Senac, Sebrae, Sesc e Sesi) ocorrido durante a gestão de FHC. Rosário explicou que estas instituições, apesar de receberem recursos públicos para auxiliar na qualificação profissional dos brasileiros, além de reduzirem o número de cursos e de vagas, ainda cobravam dos alunos mensalidade, exatamente como faz as instituições privadas. “O governo Lula teve que reorganizar toda a educação brasileira, porque nós a encontramos totalmente paralisada e privatizada após os oito anos de FHC”, afirmou a deputada.

Cenários – Para o atual presidente da Comissão de Educação da Câmara, deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR), a população brasileira poderá escolher, no próximo dia 31,entre dois projetos de Nação bem distintos: o do governo Lula e da Dilma, que coloca a educação no centro de todo o programa de desenvolvimento do País ou o projeto tucano, que coloca a educação e a cultura como temas secundários. “O que fizemos nestes oito anos de governo Lula foi trazer a educação para as bases de formação e construção de uma nova sociedade, com direitos reconhecidos e a cidadania realizada. Este é um cenário completamente diferente do qual recebemos, onde o conceito de descontinuidade, estagnação e abandono prevaleciam”, afirmou.

Para o deputado Elismar Prado (PT-MG), investir em educação é construir uma sociedade igualitária, onde todos possuam oportunidades iguais. “Os tucanos sempre estiveram na contra-mão deste conceito. Mas, no governo Lula, tivemos condições de reparar os anos de retrocesso estabelecidos pelo governo FHC”, afirmou. O petista citou o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Financiamento Estudantil (Fies) como referência para a revolução vivida na educação brasileira no governo petista.

Comemoração – Já o deputado Antônio Carlos Biffi (PT-MS) parabenizou todos os profissionais da educação pela passagem da data e reafirmou o compromisso de todos que atuam na base de sustentação do governo Lula em prol do desenvolvimento da educação brasileira com inclusão social e qualidade. “Vamos continuar com a missão de valorizar os profissionais da educação, conquistar a plena implantação do piso nacional do magistério, garantir recursos do pré-sal para educação e aumentar a participação do seguimento no PIB (Produto Interno Bruto)”, declarou.
Dia do professor: piso salarial não é cumprido por maioria dos estados

Na data em que o Brasil comemora o Dia dos Professores, 15 de outubro, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) denuncia que o Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério Público da Educação Básica, lei 11.738 sancionada há mais de dois anos, não está sendo cumprida em alguns estados-membros. Segundo a CNTE, os professores ainda encontram resistência para o cumprimento da legislação em sua totalidade e que poucos estados brasileiros cumprem a lei exatamente como foi aprovada.

Defensor e um dos parlamentares que colaborou na confecção da norma, o deputado Carlos Abicalil (PT-MT) tem defendido o integral cumprimento legal e a deliberação definitiva do Supremo Tribunal Federal (STF) quanto à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) impetrada por cinco governadores.

“Como membro da Frente Parlamentar em Defesa do Piso Salarial dos Professores, deputado e professor de carreira, certamente tenho participado de inúmeras audiências com os ministros do Supremo, de modo a sensibilizar a Corte em pautar o tema e se manifestar daquilo que é a matéria que está, ainda, em suspensão”, disse Abicalil.

O parlamentar lembra que o STF publicou em 2009, um dia anterior da comemoração do Dia Nacional do Trabalho, o acórdão (decisão do órgão colegiado de um tribunal) quanto à decisão em torno do Piso Salarial Nacional. Porém, a decisão dos ministros não se deu na integralidade.

“A Suprema Corte julgou em dezembro de 2008, parcialmente procedente, o pedido de cautelar à Ação Direta de Inconstitucionalidade, movida pelos governadores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Ceara contra a lei 11.738/08, que instituiu o piso salarial profissional nacional do magistério público. Pela decisão, os entes federados não são obrigados a cumprirem o mínimo de 1/3 da jornada de trabalho com hora-atividade, e poderão, ainda, complementar a diferença entre o atual vencimento inicial das carreiras e o valor do piso [R$ 950,00] na forma de remuneração, até que se julgue o mérito da Ação. Contudo, o STF determinou o cumprimento da Lei a partir de 1º de janeiro de 2009, o que não está sendo cumprido pela maioria dos estados”, destacou.
Lideres estudam propor reestruturação dos Correios

Os líderes do PT, deputado Fernando Ferro (PE) e do DEM, Paulo Bornhausen (SC) na Câmara, estudam propor a reestruturação dos Correios por meio de emendas à medida provisória que prorroga contratos das agências postais franqueadas (MP 509/10). Com a medida provisória, os contratos que venceriam em 10 de novembro terão validade até 11 de junho do ano que vem.

Sem essa prorrogação, muitas agências postais poderiam fechar no mês que vem, já que não tiveram o processo licitatório concluído. De acordo com os Correios, 333 agências ainda estão com a licitação em andamento, e em outras 519 as concorrências estão suspensas por força de liminar. Para evitar um "apagão postal" com o fechamento dessas agências, o governo teria que gastar mais de R$ 500 milhões para contratar trabalhadores temporários, alugar veículos e imóveis.

O líder do PT na Câmara, deputado Fernando Ferro, destacou que a prorrogação de contratos das agências postais franqueadas é uma medida emergencial necessária, mas acredita que não resolverá o problema de gestão instalado nos Correios. “Acho que os Correios precisam passar por processo de reestruturação, até porque, infelizmente, as últimas direções comprometeram a imagem da instituição”, disse.

Segundo Fernando Ferro, durante a análise da medida provisória na Câmara, será possível propor emendas para contribuir com a reorganização administrativa dos Correios, para a melhoria dos serviços. “Também é necessária uma discussão séria com nossos aliados, em particular do PMDB, que foram responsáveis pela indicação de pessoas que provocaram problemas”, afirmou. “É importante ouvir os trabalhadores dos Correios, o movimento sindical e tirar daí lições para aperfeiçoar a proposta da medida provisória", ressaltou.

::Informativo digital da Liderança do PT::
Câmara dos Deputados - 2010

Líder da Bancada: Deputado Fernando Ferro (PT-PE)
Chefe de Gabinete: Maria do Socorro Fernandes
Assessor de Imprensa: Paulo Paiva Nogueira Chefe de redação: Denise Camarano
Edição: Vania Rodrigues
Reportagem: Vania Rodrigues, Denise Camarano, Dante Accioly, Edmilson Freitas, Paulo Paiva, Gizele Benitz, Gabriela Mascarenhas e Benildes Rodrigues, Estagiário de jornalista: Salis da Chagas
Rádio: Ana Cláudia Feltrim, Chico Pereira e Héber Carvalho
Contato: pauta@informes.org.br
Designer gráfico/Web: Claudia Barreiros, Ronaldo Martins e Sandro Mendes
Secretaria de Redação: Bonfim Cabral
Fotógrafo: Salu Parente
Colaboração da equipe de funcionários da Liderança do PT
e assessores de imprensa dos deputados
ATENÇÃO! Ao solicitar algum documento ao Núcleo de Documentação da Liderança (NUD)
pelo e-mail nud.pt@camara.gov.br,não deixe de fornecer o endereço, inclusive o CEP, para o envio pelo correio
Endereço: Câmara dos Deputados - Praça dos 3 Poderes - CEP: 70160-900 - Telefones: 3215-9130/3215-9132 Fax: 3215-9141

Nenhum comentário:

Postar um comentário